A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (23), em conjunto com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Ministério Público Federal (MPF), a Operação Carretel. O objetivo é desarticular uma organização criminosa que se utilizou de sentenças judiciais falsas e inserção de processos judiciais falsos nos sistemas do INSS obter benefícios previdenciários, no Pará.
O esquema, segundo a corporação, provocou um prejuízo de aproximadamente R$ 450 mil, considerando apenas os benefícios falsos já identificados. A estimativa da PF, entretanto, é que o montante possa ser ainda maior. "A cifra indica que a desarticulação dessa quadrilha gerará uma economia anual para União de no mínimo R$ 240 mil", informou.
Ao todo, 30 policiais federais participam da operação na capital Belém e no município de Alenquer. Como parte das ações, serão cumpridos cinco mandados de condução coercitiva e quatro de busca, inclusive com apreensão de bens dos principais envolvidos na fraude e aplicação de medidas cautelares em desfavor dos principais membros do grupo.
As medidas, segundo a PF, incluem a suspensão da função pública de um servidor do INSS envolvido com a organização criminosa, conforme indicam provas colhidas até a presente fase da investigação. A corporação ressaltou que, em maio de 2015, foi feita a prisão em flagrante da principal cooptadora dos beneficiários, fato que desencadeou o início de toda a investigação.
O material apreendido nas buscas será analisado e periciado. Em seguida, as evidências serão cruzadas com as demais provas já existentes nos autos do inquérito policial que, por fim, será encaminhado ao MPF.