A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira a Operação Pretório em seis Estados para desarticular uma quadrilha envolvida na maior fraude de dívidas judiciais, calculada em R$ 3 bilhões. O corregedor do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª região (Rondônia), Vulmar de Araújo Coêlho Júnior, e o juiz que presidia o processo sobre o precatório bilionário foram afastados de suas funções.
Nesta manhã, 200 policiais federais cumprem 64 mandados de busca e apreensão em Porto Velho (RO), foco central da missão policial, e também no Amazonas (AM), Paraíba, Brasília, Mato Grosso e São Paulo. Uma advogada e seu marido foram detidos em Porto Velho.
O superprecatório fraudulento teve origem em uma ação judicial de autoria dos servidores da área de educação do extinto território de Rondônia. O precatório - dívidas do poder público que devem ser pagas por decisão judicial - data de 1989.
Segundo a PF, a advogada presa nesta manhã é acusada de inserir beneficiários fictícios no título judicial. O precatório chegou aos R$ 3 bilhões por causa da inclusão de dezenas de beneficiários e acúmulo de juros e correção ilegais.
A investigação da Polícia Federal consistia em dois procedimentos distintos, ambos sobre fraudes com precatórios. Agora a PF unificou as investigações e deflagrou a Operação Pretório - referência aos tribunais romanos.