Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Saiba mais

Número de nascimentos no Brasil cai pelo quinto ano seguido, mostra IBGE

Isabella Menon - Folhapress
27 mar 2024 às 11:25

Compartilhar notícia

- Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Pelo quinto ano consecutivo, a taxa de nascimento registrou queda no Brasil, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Leia mais:

Imagem de destaque
Entenda

Novos planos de saúde poderão ser cancelados com duas mensalidades atrasadas

Imagem de destaque
Fique atento

Clientes da 123miIlhas têm até esta terça (3) para pedir dinheiro de volta

Imagem de destaque
Viagens a partir de R$ 200

Vinte mil aposentados já compraram passagens pelo Programa Voa Brasil

Imagem de destaque
Caráter excepcional

Anvisa aprova registro do primeiro medicamento para distrofia muscular de Duchenne

Em 2022, o país teve 2.542.298 de nascimentos, queda de 3,5% na comparação com 2021, que somou 2.635.854 bebês.

Publicidade


O número de nascidos em 2022 representa uma queda de 11,4% da média do país de 2010 a 2019, que foi de 2.868.479.


A queda da natalidade no país integra uma transformação demográfica que já está em curso desde os anos 1960. "Esse processo já passou por outros países, principalmente países desenvolvidos, e observamos que, nas últimas três décadas, ele acelerou", diz Janaína Feijó, pesquisadora da FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Publicidade


O IBGE aponta que todas as regiões do país registram quedas de nascimento -Nordeste (-6,7%), Norte (-3,8%), Sudeste (-2,6%), Centro-Oeste (-1,6%) e Sul (-0,7%). Em relação aos estados brasileiros, apenas Santa Catarina (2%) e Mato Grosso (1,8%) registraram aumento da natalidade.


Feijó diz que a queda de fecundidade aconteceu primeiro em estados mais ricos, mas hoje já é percebida em praticamente todo o país. "À medida que aumentou o nível de escolaridade, as mulheres têm postergado a maternidade", diz.

Publicidade


MULHERES SE TORNAM MÃES MAIS TARDE


O estudo mostra ainda que, aproximadamente, 39% dos nascidos em 2022 tinham mães com 30 anos ou mais de idade. Os dados demonstram que mulheres se tornam mães cada vez mais tarde.

Publicidade


Em relação a gravidez na adolescência, em 2022, o Brasil registrou uma queda de 14% de meninas que se tornaram mães antes dos 15 anos. A tava diminuiu em todos os estados, com exceção de Amapá e Mato Grosso, que tiveram aumento de 13% e 9%, respectivamente.


Também houve uma queda da parcela que, antes dos 20 anos, teve filho. Em 2000, por exemplo, 21,6% das mulheres tinham menos de 20 anos quando se tornaram mães. Em 2022, este índice caiu para 12,1%.

Publicidade


A proporção de de 20 a 29 anos também caiu na última década -de 54,5% foi para 49,2%. Já a parcela que teve filho de 30 a 39 anos teve um aumento expressivo e passou de 22% da população para 34,5%.


Em relação as regiões do país, o IBGE indica que o Norte possui o maior percentual de nascimentos gerados por mães com menos de 20 anos (18,7%) e o Sudeste possui o maior percentual de nascimentos gerados por mães com 30 anos ou mais (42,9%).

Publicidade


Em relação aos estados, Roraima registrou a menor queda de mães com menos de 20 anos entre 2021 e 2022 (-2%) e Paraíba teve a maior queda de mães nesta faixa etária (-17,9%). Ao observar as mães mais velhas, com mais de 40 anos, Tocantins registrou um aumento de 14,35% de mães nesta idade e Roraima foi o estado com maior redução (-12,54%).


Para a pesquisadora da FGV, os dados refletem o grau de instrução dessas mulheres. Ela explica que, em geral, as mulheres quando têm um filho em uma faixa etária de 30 a 39 anos investiram em educação e qualificação profissional para ter uma gravidez planejada.


Ela aponta também que a postergação da maternidade é um fenômeno mundial. "Com a inserção das mulheres no mercado de trabalho, muitas preferem focar na educação, investir em cursos e, depois, quando estiver consolidada no mercado de trabalho com renda suficiente é que ela decide ter um filho", diz a pesquisadora.


Enquanto o país registra queda no nascimento, estudos apontam para uma sociedade cada vez mais envelhecida. Em 2022, o IBGE divulgou que a expectativa de vida no Brasil chegou a 75,5 anos para ambos os sexos.


Feijó alerta que o cenário pode gerar implicações para o futuro do país. "Nós precisamos de mão de obra. Vamos ter dificuldade na economia pela falta de população jovem e aumento da demanda de serviços para atender a população idosa."


"Há cinco décadas, tínhamos uma pirâmide que no topo tinham poucos idosos e na base a população ativa expressiva e isso não existe mais."


Ela relembra que o ideal seria que a taxa de fecundidade do Brasil estivesse em 2,1 para cada mulher, porém o número está baixo. De acordo com o Banco Mundial, em 2020, o número chegou a 1,65 -nos anos 1960, por exemplo, a taxa era de 6 filhos por mulher.


De acordo com o Censo divulgado em 2022, o Brasil tem 203,1 milhões de habitantes, o que representa um aumento de apenas 0,52% da população nos últimos dez anos, o menor registrado no país desde 1872, quando foi realizado o primeiro censo do país. O atual cenário traz desafios para a economia, já que a parcela da população em idade de trabalhar tende a diminuir, enquanto a de aposentados, aumenta.


Imagem
Londrina: Sema volta atrás e espetáculo da Paixão de Cristo permanece no CSU
O tradicional espetáculo da representação da morte e ressurreição de Jesus Cristo, realizado há 44 anos no CSU (Centro Social Urbano) de Londrina, na Vila Portuguesa, região central, vai permanecer no 'buracão'.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo