O Conselho Nacional do Ministério Público aprovou ontem uma recomendação para que o Ministério Público brasileiro "atue de forma célere, rigorosa e preferencial" na investigação de crimes praticados contra jornalistas. A iniciativa é uma reação aos crescentes casos de violência contra esses profissionais e à lentidão da Justiça.
"É louvável tal preocupação", afirmou o diretor executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira. "Quando se atenta contra um jornalista se atenta contra o direito da sociedade de informação." Mas a ANJ entende, prosseguiu, que esses crimes "devem ser vistos num sistema mais amplo, o da impunidade dos criminosos em todo o País".
Maurício Azedo, da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), definiu como "da maior oportunidade, além de extremamente necessária", essa participação do MP. E Carlos Lauria, do Comitê de Proteção aos Jornalistas, em Nova York, considerou a medida do CNMP "sumamente acertada". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo