A promotora de Justiça Camila Mansour Magalhães pediu esclarecimentos à Prefeitura, a AES Eletropaulo e Defesa Civil, entre outras entidades, após o incêndio do dia 29 no Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, na Barra Funda, região central de São Paulo.
O inquérito civil foi instaurado na terça, 3, pela Promotoria de Justiça da Habitação e Urbanismo por causa da informação apresentada pela Prefeitura de que o local não tinha alvará para grande concentração de pessoas desde 2003. Outro fato a ser investigado é se houve uma falha no sistema elétrico. Testemunhas dizem que pouco antes do acidente houve uma queda de energia e o gerador foi acionado. Quando a rede voltou, teria ocorrido um estrondo no momento em que as chamas começaram. O incêndio durou cerca de 15 horas até ser apagado pelo Corpo de Bombeiros.
O pedido do Ministério Público Estadual (MPE) solicita da Prefeitura informações sobre a licença de funcionamento no prazo de 20 dias. Os órgãos de tombamento estaduais e municipais foram questionado se haverá necessidade de demolição do auditório. O MPE também quer uma cópia do laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas sobre a segurança do prédio, em um mês. A promotoras também irá acompanhar o inquérito policial no 23º Distrito Policial (Perdizes). A AES Eletropauto foi comunicada para esclarecer a queda de energia no memorial.