Brasil

Mortes em assaltos a bancos cresceram 14% em 2013

29 jan 2014 às 16:56

Um total de 65 pessoas foram assassinadas em assaltos a bancos em 2013. O número equivale a uma média mensal de 5,4 vítimas e é 14% superior ao registrado em 2012, quando 57 pessoas foram mortas. O levantamento foi divulgado hoje (29) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).

São Paulo lidera o ranking de mortes, com 17 casos. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, 11 mortes. Os outros estados que lideraram a lista são Bahia (sete mortes), Ceará (seis), Minas Gerais (seis) e Rio Grande do Sul, que somou cinco casos.


A pesquisa mostra que as principais vítimas são os clientes. Em 2013, foram 36 mortes, 55% do total. Os outros assassinatos foram de vigilantes (dez, o equivalente a 15%), policiais (sete mortes, ou 10%) e transeuntes (cinco assassinatos, 7,6% do total).


A saidinha de banco, golpe em que há abordagem no interior das agências e o roubo é anunciado fora, provocou 32 mortes, equivalentes a 49% do total. O assalto a correspondentes bancários matou 14 pessoas (22%), figurando como o segundo crime mais comum em 2013. Os assaltos a agências tiraram a vida de oito pessoas, o equivalente a 12% das mortes.


O levantamento apontou a faixa etária e o sexo das vítimas. A idade de 31 a 40 anos é a mais visada, com 16 mortes (25%). Em seguida, vêm os idosos com mais de 60 anos, com 14 assassinatos (21%). Houve 11 mortes na faixa de 41 a 50 anos (17%). Os homens foram vítimas 60 vezes, o que dá 92,3% dos casos. Também foram assassinadas cinco mulheres, ou 7,7% do total.

Para o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, as mortes mostram a fragilidade da segurança pública e a necessidade de investimentos por parte dos bancos. José Boaventura Santos, presidente da CNTV, defendeu atualização da Lei Federal n° 7.102/83, que trata da segurança em estabelecimentos financeiros. Ele deseja também a aprovação do Projeto de Estatuto de Segurança Privada, que é discutido no Ministério do Justiça.


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