A Polícia Civil apura a morte de um menino de 3 anos com marcas de espancamento, na zona norte do Rio. O padrasto da vítima, Wagner de Simone, de 30 anos, é o principal suspeito. Ele está preso, indiciado sob a acusação de praticar o crime de tortura, seguida de morte.Davi Ruan Rodrigues da Costa morreu no último dia 5. Desfalecido, ele foi levado a um pronto-socorro no subúrbio carioca pela mãe, Daiane Rodrigues da Silva, de 26 anos. Ela disse que o filho se machucara ao rolar de uma escadaria.
De acordo com os médicos, a causa da morte pode não ter sido uma queda. Davi tinha hematomas na barriga e cabeça, além de mordidas nos braços. Eles escreveram no prontuário do atendimento que o garoto apresentava indícios de ter morrido em decorrência de atos violentos.
Acionada, a Polícia Civil começou a investigar o caso e deteve o padrasto, que trabalha em uma sapataria. Segundo o inquérito, o suspeito assumiu ter agredido o enteado com socos na barriga porque ele recusara a beber um copo de leite.
A mãe de Davi, grávida de dois meses, também foi indiciada por omissão de socorro. Segundo o delegado Antenor Martins, ela tentou acobertar as agressões praticadas pelo marido e demorou pelo menos dez horas para providenciar atendimento médico para o menino. "A espera foi fatal", afirmou o policial.