A 7ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, uma manifestação contra a legalização do aborto, percorreu o Eixo Monumental, na área central de Brasília, na tarde de hoje (4). O ato organizada pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil Sem Aborto teve como objetivo pressionar os parlamentares sobre três projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional.
O coordenador da marcha, Alan Araújo, disse que o movimento é contra as mudanças no Código Penal nos artigos que tratam do tema. "O primeiro texto do projeto de reforma no Código Penal Brasileiro propôs a legalização do aborto até a décima segunda semana de gestação, e precisamos estar mobilizados contra isso. Nós somos a favor da lei como está, que prevê o aborto em dois casos: quando não há outra maneira de salvar a vida da mãe, e em caso de estupro", disse.
O ato também foi organizado, segundo Araújo, para defender a aprovação de dois projetos que tratam do mesmo tema. "Apoiamos o Estatuto do Nascituro e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/2012, que visa a acrescentar ao Artigo 5º da Constituição Federal a expressão ‘desde a concepção’ ao termo ‘inviolabilidade do direito à vida’".
Maria José da Silva veio do Rio de Janeiro para participar da marcha. Ela disse que os motivos que a trouxeram para Brasília a fim de participar da manifestação foi para defender a criação de um estatuto que trate da vida e não do aborto. "Nós queremos que exista o estatuto do nascituro, o estatuto do bebê que está sendo gerado no ventre da mãe. A vida começa no momento da concepção, é uma constatação científica. O aborto é o assassinato cruel, brutal, de crianças no ventre de suas mães", disse.
Para servidora pública Neusa Monte, que também estava na marcha, é preciso mais políticas públicas para evitar o aborto. "Toda pessoa tem o direito de nascer, e ninguém pode legislar contra isso. Nós precisamos ter políticas públicas para que a mãe não precise apelar ao aborto, que é um homicídio contra a criatura completamente indefesa. Se a mãe tiver problemas para assumir o filho, que ela possa apelar para uma ajuda do Estado".
A marcha terminou depois que uma chuva forte atingiu a região da Esplanada dos Ministérios. Mesmo assim, parte dos manifestantes permaneceu no gramado em frente ao Congresso Nacional.