Brasil

Lava Jato vai resultar em melhora na gestão das empresas, avalia novo ministro da Fazenda

05 jan 2015 às 21:58

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (5) que as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, vão resultar na melhoria da governança das empresas. Levy assumiu nesta segunda-feira o comandando do ministério, após cerimonia de transmissão de cargo na sede do Banco Central, em Brasília.

Perguntado sobre o impacto provocado na economia pelas maiores empreiteiras do país, investigadas na operação, Levy respondeu que a economia brasileira tem capacidade para responder à questão. "Esses episódios vão resultar na melhora das companhias, nas coisas que são feitas, em companhias abertas. A inovação nasce da necessidade de estar respondendo a situacões novas", disse ele, em entrevista coletiva.


Por meio de depoimentos de delação premiada de investigados, o Ministério Público Federal (MPF) apura se as empreiteiras envolvidas no esquema participavam de um cartel para distribuir entre si os contratos com órgãos públicos, principalmente oriundos da Petrobras. Segundo os procuradores, parte dos desvios de recursos públicos era repassada a partidos políticos por meio do doleiro Alberto Youssef.


Após as denúncias, a prisão de executivos das empreiteiras OAS, Engevix, Mendes Júnior, UTC e Camargo Corrêa, em novembro do ano passado, provocou atraso em obras e no pagamento de dívidas das empresas com os bancos. Em novembro, a Justiça Trabalhista chegou bloquear R$ 126 milhões em ativos da Petrobras para garantir o pagamento de dívidas trabalhistas de empresas que participam da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Durante a entrevista, o ministro da Fazenda voltou a garantir que o ajuste fiscal que será promovido na sua gestão não vai prejudicar os investimentos e os programas sociais. "Qualquer mudança de rumo significa fazer um esforço. No investimento, nós temos que ver a situação, a dinâmica. Acho que a gente tem capacidade de alcançar [o ajuste fiscal] com impacto mínimo na economia e garantindo a continuidade de programas que são essenciais", disse.


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