O estudante Felipe Iasi, que dirigiu o carro com Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, até a casa de Glauco na noite do assassinato do cartunista e de seu filho Raoni, foi indiciado por coparticipação no crime nesta tarde. Iasi havia sido chamado para depor novamente na Delegacia Seccional de Osasco, que investiga o caso. Ao chegar na delegacia, ele foi informado sobre o indiciamento.
Em seu primeiro depoimento, Iasi afirmou que foi sequestrado por Cadu e obrigado a levá-lo à chácara onde o cartunista morava em Osasco, na Grande São Paulo, no último dia 12, mas a polícia questiona o fato de Iasi ter pulado o muro da chácara de Glauco e ter aberto o portão para facilitar a entrada de Cadu. Essa informação foi dada pela enteada do cartunista, Juliana Veniss, de 31 anos. A polícia quer saber por que ele não aproveitou a situação para fugir ou pedir por socorro.
A polícia ainda estranha o fato de, após o crime, Iasi ter estacionado o carro na rua de cima de sua casa ao invés de colocá-lo na garagem e de ele não ter acionado a polícia para contar o ocorrido. O veículo usado no dia do crime passará por nova perícia.
Para esclarecer o caso, a Justiça de Osasco autorizou na semana passada a quebra do sigilo telefônico de Cadu e de Iasi para identificar as chamadas feitas e recebidas pelos dois.
Cadu está preso na Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, desde o dia 14. Ele foi detido quando tentava sair do Brasil e entrar no Paraguai com um carro roubado. Ao ser abordado por policiais rodoviários federais, o estudante reagiu com tiros. Um agente ficou ferido no braço, mas passa bem.