O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) desenvolveu dois novos reagentes para identificar traços de cafeína e metanfetamina em cargas de drogas apreendidas em todo o país.
Por ter ação estimulante, alguns traficantes adicionam cafeína à cocaína para aumentar a quantidade produzida. Já a metanfetamina é encontrada em comprimidos de ecstasy, principalmente. Ao entrar em contato com as substâncias, os reagentes mudam de cor.
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Segundo o presidente do Inmetro, Márcio André Oliveira Brito, o uso desses produtos serve para que a identificação de drogas pelas polícias seja feita de forma mais rápida e sem equívocos nas análises forenses.
Quando os agentes erram a substância apreendida no boletim, há possibilidade de questionamento e anulação do processo. "Com a entrega desses dois últimos materiais, já temos um total de nove produtos disponibilizados para as polícias. E mais quatro devem ser disponibilizados ainda em 2024", disse Brito.
Dentre os materiais já entregues, está um reagente para identificar cocaína em apreensões.
Os novos reagentes foram desenvolvidos com apoio da Capes (Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e do Procad (Programa Nacional de Cooperação Acadêmica).
A Capes é uma das agências que financia a produção desses materiais. A organização contrata pesquisadores bolsistas e financia a compra de materiais, serviços e equipamentos necessários.
O trabalho de concepção dos produtos também conta com o apoio da PF (Polícia Federal), que fornece drogas apreendidas para os pesquisadores -após autorização judicial-, distribui materiais de referência e participa de discussões técnicas.
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