Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Correção

IBGE estima população de 210,9 milhões no Brasil, 3,9% maior que a apontada no Censo 2022

Lucas Lacerda - Folhapress
22 ago 2024 às 10:35

Compartilhar notícia

- Paulo Pinto/ Fotos Públicas
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A população estimada no Brasil em 2022 foi 3,9% maior do que a apontada durante o recenseamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ao longo daquele ano. A estimativa chegou a 210.862.983 pessoas, ante 202.952.784 contadas pelo Censo Demográfico 2022. Os dados foram divulgados pelo instituto nesta quinta-feira (22).

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Leia mais:

Imagem de destaque
Neste sábado

Jogadora do Corinthians bate o carro, atropela mulher, tenta fugir e é impedida de deixar local

Imagem de destaque
Julgamento

STF tem cinco votos para manter prisão do ex-jogador Robinho

Imagem de destaque
Veja ranking

Oito restaurantes brasileiros estão entre os cem melhores do 50 Best América Latina

Imagem de destaque
Análise global

Adultos com diabetes quadruplicam em três décadas e a maioria não recebe tratamento

O ajuste divulgado nesta quinta, de 3,9%, é superior aos dos recenseamentos de 2010 (2,2%) e 2000 (3%).
O último recenseamento cadastrou 203,1 milhões de habitantes no Brasil.

Publicidade


A diferença no número de recenseados, segundo o IBGE, ocorre pela data usada como referência. Para poder fazer comparações na projeção, os indicadores do Censo, referentes a 31 de julho no caso de 2022, são ajustados para 1º de julho, data usada para as estimativas. Assim, o número de 203.080.756 de habitantes do último dia daquele mês é ajustado para os 202.952.784 do primeiro.


O método de estimativa, chamado de conciliação demográfica, analisa informações de três censos consecutivos -neste caso, os de 2000, 2010 e 2022- e considera dados de óbitos, nascimentos e migrações desse triênio.

Publicidade


A referência é o ano central. Quem tinha 10 anos em 2000 teria 20 em 2010. E quem tinha 32 anos em 2022 teria 20 anos em 2010. A partir daí, calcula-se a população daquele ano, que passa a ser o número de partida para revisões e novas projeções.


Diferença relativa entre estimativas de população e população recenseada

Publicidade


Em %, unidades da federação e média nacional


Publicidade

9,74 - RO
8,48 - AP
7,22 - RJ
6,66 - AM
6,04 - RR
5,75 - ES
5,61 - PA
5,23 - AC
4,89 - DF
4,83 - PE
4,77 - BA
4,23 - CE
3,90 - Brasil
3,85 - RN
3,63 - MS
3,36 - PB
3,31 - MA
3,16 - MG
3,14 - TO
3,13 - RS
3,06 - SP
2,95 - SE
2,92 - AL
2,68 - PI
2,61 - SC
2,2 - PR
2,18 - GO
1,85 - MT


Fonte: Projeções da população/IBGE

Publicidade


Os dados de projeção são referências para políticas públicas e também para pesquisas do IBGE como a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua e a Pesquisa de Orçamentos Familiares.


A cada edição do Censo, o IBGE revisa os números de acordo com o que é verificado pelos agentes em campo. Foi o caso, por exemplo, da estimativa para 2022, que era de 213,3 milhões, e agora foi alterada para os 210,9 milhões.

Publicidade


Segundo Izabel Marri, gerente de estudos e análises da dinâmica demográfica do IBGE, a diferença de 3,9% se deve a uma possibilidade melhor de estimar a população a partir de registros de nascimentos, óbitos e migração e diminuir os efeitos de erros ou omissões durante o recenseamento.


"Conseguimos obter grande parte da população por esses registros e incorporamos os dados da PPE [Pesquisa de Pós-Enumeração]. Tudo isso faz com que a gente estime melhor a população de 2022."


A PPE avalia a qualidade da coleta censitária, que contém erros inerentes a qualquer levantamento estatístico, segundo o IBGE. O objetivo é melhorar a capacidade de projeções e estimativas demográficas e fornecer dados, principalmente para setores de pesquisa, com mais precisão e transparência.


A pesquisa -feita após o Censo- coleta dados de uma amostra de setores censitários (4.795) visitados antes pelos recenseadores e compara os resultados. Os dados do Censo não são alterados após o levantamento.


O principal indicador divulgado nesta quinta, segundo o instituto, é a taxa de erro líquido de enumeração de pessoas, que chegou, na média do país, a 8,27%. O IBGE afirma que esse valor está dentro do esperado.


Essa taxa é calculada pela diferença entre as omissões e as inclusões indevidas. Um exemplo conhecido do primeiro caso, segundo o IBGE, é quando os entrevistados não mencionam crianças que moram em um determinado domicílio.


Já a inclusão indevida ocorre quando um recenseador, por exemplo, conta duplamente o mesmo domicílio por engano ou lista como moradores pessoas que não vivem ali. A taxa se refere apenas a números da população recenseada.


Além das crianças com 0 a 4 anos de idade, de acordo com os técnicos do IBGE, a taxa também é maior no grupo de 20 a 24 anos por causa da mobilidade de não estar em casa por causa de trabalho, saída de casa para estudar, por exemplo.


A taxa também aumenta conforme o tamanho dos municípios, hipótese do IBGE confirmada com os dados de 2022. As cidades com mais de 1 milhão de habitantes, que representam 20% da população do país, chegam a 13,8%.


Taxa de erro líquido de enumeração de pessoas* no Censo 2022


Em %, por unidades da federação e média do Brasil


15,5 - RJ
11,20 - RO
10,9 - RR
10,8 - AP
10,10 - AM
10 - ES
9,9 - DF
9,9 - PA
8,3 - Brasil
8 - AC
8 - PE
7,4 - BA
7,4 - CE
7,4 - SC
7,30 - GO
7,30 - MT
7,2 - MS
6,5 - MA
6,2 - RN
6,10 - MG
5,80 - SE
5,5 - RS
5,4 - PR
4,80 - AL
4,10 - PI
3,80 - PB


*Diferença entre omissões e inclusões indevidas de pessoas durante o recenseamento


Fonte: Pesquisa de Pós-Enumeração do Censo Demográfico 2022/IBGE


Já na divisão entre os estados e o Distrito Federal, o Rio de Janeiro está no topo da lista, com 15,5%, seguido por Rondônia (11,2%), Roraima (10,9%) e São Paulo e Amapá, ambos com 10,8%.


Segundo Juliana Souza de Queiroz, gerente de avaliação de pesquisas do IBGE, alguns fatores ajudam a explicar a liderança fluminense nesse aspecto. "Além da concentração da população na capital, o Rio tem a questão tanto de favelas quanto de condomínios de alto padrão, com dificuldade de acesso [dos recenseadores]."


Imagem
Prefeitura de Londrina deve nomear aprovados em concurso ainda em 2024
A Prefeitura de Londrina confirmou, nesta segunda-feira (19), que as nomeações dos aprovados no último concurso público do município devem acontecer ainda em 2024.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo