Brasil

Homem viajava com R$ 3,2 milhões em caminhonete

08 abr 2015 às 08:31

A Polícia Civil de Canarana (MT) apreendeu cerca de R$ 3,2 milhões. O dinheiro sem origem comprovada foi localizado na carroceria de uma caminhonete Hilux. O motorista do veículo ofereceu R$ 500 mil aos policiais para ser liberado.

A prisão de José Silvan de Melo, de 41 anos, aconteceu no último domingo (5), mas os trabalhos só foram encerrados nesta terça-feira (7). Melo é investigado pelo Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) de Recife (PE) por tráfico internacional de drogas.


O dinheiro apreendido estava dividido em três sacos escondidos embaixo de esterco, cerâmicas, madeiras e alimentos. Quando os policiais descobriram o dinheiro, o suspeito rapidamente disse: "é real, deixe isso aí e vamos conversar".


Ao ser questionado sobre o tipo de conversa, o suspeito voltou a falar aos policiais para deixar os sacos na caminhonete e que não dissessem nada a ninguém, pois poderia dar uma "ajuda". Na delegacia ele voltou a oferecer dinheiro ao delegado de Canarana, João Biffe Júnior. A tentativa de suborno foi registrada em vídeo.


José Silvan não apresentou qualquer documentação da origem do dinheiro. "Ele confessou que enterrava tais valores por questões de segurança", disse o delegado. De acordo com João Biffe, o suspeito alegou ser "cidadão de bem", proprietário de fazendas na região e que era comprador de gado.


Divulgação/PJC-MT


Há meses o homem era monitorado pela Polícia Civil do Mato Grosso por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Durante as investigações, os policiais contataram que era de costume José Silvan chegar em Canarana, geralmente no final da tarde, permanecendo hospedado em um hotel até o anoitecer, quando então deixava a cidade. No domingo, os policiais conseguiram prender o suspeito após a informação de que ele estava no município.

José Silvan foi preso em flagrante pela não comprovação do dinheiro e também pela tentativa de suborno aos policiais. O delegado João Biffe pediu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva do suspeito e solicitou sua transferência para a Penitenciária Central do Estado (PCE).


Continue lendo