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Mais de 2,5 milhões de pessoas

Grupo 'Mulheres Unidas Contra Bolsonaro' é recuperado após ataques cibernéticos

Fernanda Circhia - Grupo Folha
16 set 2018 às 20:50

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- Reprodução
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O grupo secreto no Facebook "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro" virou um fenômeno nas redes sociais nos últimos dias após ganhar mais de 2 milhões de integrantes. Desde a última quinta-feira (13), o grupo começou a sofrer tentativas de invasão. O perfil de uma das administradoras foi invadido e os dados pessoais chegaram a ser expostos. Na ocasião, um dos invasores começou a usar o perfil de uma das administradoras para postar ofensas dentro do grupo. Em seguida, o grupo teve o nome alterado diversas vezes para "Mulheres Com Bolsonaro" e também trocaram a imagem de capa para uma foto do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).


Em nota, as administradoras do grupo afirmaram que a página foi recuperada no início da tarde deste domingo (16). "Estamos limpando nossa casa, retirando todos que pensam que é através do uso da força que se ganha voto. Vivemos em uma democracia (constantemente ameaçada) e não iremos recuar. Pedimos que todas as nossas incansáveis e guerreiras participantes permaneçam ao nosso lado e sigam denunciando os invasores de nossa página. Nesse momento não estamos aceitando novas participantes e publicações na página." O grupo foi devolvido às administradoras, que foram expulsas por invasores, pelo próprio Facebook.

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Quando as tentativas de invasões começaram e as administradoras originais foram expulsas, o Facebook colocou o grupo em análise, a pedido da criadora do grupo Ludimilla Teixeira, em 15 se setembro. O perfil de Eduardo Shinok foi divulgado como sendo o responsável pela invasão ao grupo. Na ocasião, ele se colocou como único administrador da página. Em seguida, homens foram adicionados ao grupo e comemoraram a situação com os dizeres "hackers desse meu Brasil! Amo Vocês! O grupo Mulheres contra Bolsonaro agora se chama Mulheres com Bolsonaro KKKKK".

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A partir deste momento, as integrantes do grupo perceberam as mudanças realizadas e começaram a denunciar todos os ataques na rede social e também a pedirem para que as demais participantes não deixassem o grupo, pois segundo elas, só haviam mudado o nome e iriam recuperá-lo.

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No sábado (15), às 14h54, um dos filhos do presidenciável, Eduardo Bolsonaro, postou em seu Facebook que o grupo "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro" tratava-se de "fake news". Segundo ele, "uma página qualquer do Facebook tinha 1 milhão de seguidores quando foi vendida para a esquerda".


"Então, sem qualquer vergonha, eles mudaram o nome dela para "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro" e saiu alardeando por aí que havia uma onda de mulheres contra o presidenciável. Resultado: a página contra Bolsonaro está em queda vertiginosa, tanto que passou a ser página privada e em resposta foi criada a página MULHERES COM BOLSONARO #17 (OFICIAL) que já conta com mais de 1.100.000", disse em sua postagem.

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Além disso, afirmou que o jornal inglês The Guardian estava publicando fake news sobre este caso, dizendo que em repúdio a Bolsonaro, mais de 1 milhão de pessoas curtiram a página "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro". "Incompetência ou maldade?", perguntou Eduardo.



Em seu perfil no Twitter, a presidenciável Marina Silva (Rede) afirmou que o ciberataque contra o grupo #MulheresContraOBolsonaro é uma demonstração de como ditaduras operam. "Qualquer ato autoritário é inaceitável, venha de onde vier, seja contra quem for. Toda minha solidariedade ao grupo. Que essa covardia seja investigada e punida", acrescentou.

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O presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) também fez uma postagem em seu Twitter sobre o assunto:






Após a invasão e recuperação do grupo, #MulheresContraOBolsonaro ficou entre os dez assuntos mais comentados mundialmente.

Até as 20h26 deste domingo (16), o grupo contava com 2,5 milhões de integrantes.


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