O governo do Estado do Maranhão refez a contagem de vítimas da rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas em São Luís, e tanto o número de mortos, quanto o de feridos caiu. Segundo nota distribuída no final da manhã desta quinta-feira (10) pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) agora são nove mortos e 20 feridos.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Aluízio Mendes, chegou a anunciar 13 mortos e 30 feridos. O número foi revisado no início da manhã para 10 mortos e 26 feridos e caiu de novo no fim da manhã. A confusão se deu por causa da duplicidade na contagem dos corpos e dos feridos. Até o final da manhã apenas cinco das vítimas fatais haviam sido identificados no IML.
Ainda de acordo com a nota, os motivos que levaram ao confronto entre presos ligados a dois grupos criminosos dentro do presídio estão sendo investigados pela Polícia Civil e pela Ouvidoria e Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Sejap).
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O tumulto entre as duas facções aconteceu depois que um túnel no Bloco F, Pavilhão 2, da Casa de Detenção (Cadet) foi descoberto pelos serviço de inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Pelo túnel, cerca de 60 presos pretendiam fugir.
A situação agora no Complexo Penitenciário de Pedrinhas está mais calma e os presos estão em suas celas. No entanto, a capital São Luís vive um clima de pânico gerado por boatos de que as duas facções estariam envolvidas também no incêndio de sete ônibus e no assalto a dois restaurantes. Os atos teriam ocorrido sob ordens dos detentos em reação a ação da polícia no presídio.
A ordem para as ações teria partido de dentro do presídio ainda quando os policiais militares e agentes penitenciários maranhenses tentavam controlar o tumulto, que teve início na noite de quarta-feira. A Sesp confirmou que dois dos sete ônibus incendiados foram completamente destruídos pelas chamas e que outros cinco foram danificados mas com menor gravidade.
Nesta quinta-feira houve boatos de que teriam acontecido tiroteios em um shopping e uma universidade particular, arrastões no centro da capital e ataques em diversas áreas da cidade, porém nenhuma dessas histórias se confirmou.
Chegou-se a divulgar nas redes sociais que uma das facções tinha tentado invadir o Hospital Municipal Clementino Moura - o Socorrão II - para onde os feridos na rebelião foram levados, para resgatar um detento e executar outro. A polícia informou que nada se confirmou e o policiamento foi reforçado no local.
Apesar das informações sobre a ação dos bandidos serem falsas, preventivamente os colégios particulares dispensaram os alunos da manhã mais cedo e cancelaram as aulas da tarde. O comércio do centro da cidade fechou as portas e repartições públicas encerraram o expediente mais cedo.
O governo estadual está chamando os policiais que estavam de férias e de folga de volta e patrulhas ostensivas estão sendo feitas pela Polícia Militar e Civil na tentativa de evitar quaisquer ações que os criminosos tentem.