Em entrevista à Super Rádio, o prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), afirmou que a Prefeitura de São Paulo cortará o ponto de todos os servidores públicos que aderirem à paralisação nacional marcada para esta sexta-feira, 28. "Quem não trabalhar terá um dia a menos de salário", disse nesta terça-feira, 25. De acordo com o secretário municipal da Comunicação, Fábio Santos, a decisão deve se estender a toda a gestão municipal, inclusive professores de escolas municipais e servidores de órgãos públicos.
Na entrevista, Doria chamou a paralisação de "legítima", mas declarou discordar das reivindicações dos manifestantes, que são contrários às reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo federal. "Eu não apoio esse movimento. As reformas são importantes para gerar empregos e oportunidades. Se não fizermos reformas, o Brasil não vai crescer", afirmou ele, que chamou a atual legislação trabalhista de "arcaica".
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo, Sergio Ricardo Antiqueira, a decisão é "autoritária". "Ele (Doria) falou isso para desmobilizar o movimento, mas isso não vai acontecer", afirmou.
O sindicalista criticou também o fato de o anúncio ter sido feito com antecedência, sem haver uma negociação com os funcionários públicos. "O prefeito se comunica com a gente pela imprensa. Não demonstra ter uma capacidade de diálogo", diz.