O incêndio da 32.ª favela de São Paulo na tarde desta segunda-feira, 3, deixou cerca de 1.140 pessoas desabrigadas e três feridas. Um adolescente de 15 anos teve queimaduras de primeiro e segundo graus na face e nas mãos, uma gestante se sentiu mal e um homem caiu do telhado e foi levado ao hospital com fratura na perna.
Segundo o tenente-coronel José Luís Borges, o fogo destruiu 290 dos 700 barracos da Favela Sônia Ribeiro, conhecida como Morro do Piolho, na zona sul.
Foram mobilizadas 22 viaturas do Corpo de Bombeiros, num total de 70 homens que trabalharam com a comunidade por 3 horas no combate ao fogo e na retirada de material inflamável. Mais 25 pessoas da Defesa Civil estiveram no local para prestar os primeiros atendimentos aos moradores que não tinham para onde ir.
De acordo com o subprefeito de Santo Amaro, Ronaldo Costa, estarão à disposição um depósito e caminhões para que as pessoas que conseguiram salvar pertences os deixem guardados. Ainda não se sabe se as famílias terão direito a aluguel social.
Os bombeiros suspeitam de que o fogo tenha se iniciado em um lixão localizado dentro da favela. O coordenador-geral da Defesa Civil, coronel Jair Paca de Lima, disse que a baixa umidade do ar e os fortes ventos têm colaborado para o grande número de incêndios em favelas. Borges, comandante dos bombeiros, disse que a cidade tem passado por um inverno de estiagem atípica.
Susto. "A explosão dos botijões de gás parecia um bombardeio", disse a diarista Luciana da Silva, de 31 anos, que ficou sem casa. "Acabei de ter um filho e tive de correr, estou com os pontos da cesariana. Está tudo doendo." As informações são do jornal O Estado de São Paulo.