As cinzas do vulcão Puyehue, no Chile, não devem avançar sobre o espaço aéreo brasileiro, se forem mantidas as atuais condições atmosféricas, segundo informou nesta segunda-feira a Força Aérea Brasileira (FAB).
De acordo com a Força Aérea, as cinzas atingiram nesta segunda uma parte do município de Chuí, no extremo sul do Rio Grande do Sul. A FAB informa que está "monitorando atentamente" a situação.
Anteriormente, a nuvem havia atingido o espaço aéreo da Argentina e do Uruguai, incluindo as capitais desses dois países, Buenos Aires e Montevidéu.
A nuvem de cinzas vulcânicas interrompeu as operações nos aeroportos da capital argentina, Ezeiza e Jorge Newbery (Aeroparque), além do aeroporto de Carrasco, em Montevidéu.
As cinzas do Puyehue permanecerão no espaço aéreo de Buenos Aires pelo menos até terça-feira, dificultando os voos nesse período, segundo informou nesta segunda-feira o comitê de crise argentino formado desde a erupção do vulcão.
De acordo com as redes de TV e sites de notícias da Argentina, os aeroportos de Buenos Aires ficarão fechados pelo menos até a tarde desta terça-feira.
Voos cancelados
A TAM informa que, até as 12h30 desta segunda-feira, 18 de seus voos internacionais foram cancelados devido ao vulcão, tendo Buenos Aires e Montevidéu como destino ou local de partida. A Gol não informou o número de cancelamentos.
Além de Argentina e Uruguai, também foram afetados os espaços aéreos de pelo menos outros quatro países, incluindo os dois principais da Oceania, Austrália e Nova Zelândia.
No domingo, a empresa australiana Qantas cancelou todos os seus voos tendo como origem ou destino a cidade de Melbourne, afirmando que as cinzas do Puyehue cruzaram o Oceano Pacífico e chegaram à Oceania.
Outras companhias aéreas, como Virgin Atlantic e Jetstar, também interromperam pousos e decolagens na região, deixando milhares de passageiros sem alternativas para viajar. Oito mil pessoas foram afetadas pelo cancelamento, inclusive passageiros para a Nova Zelândia.