A engenharia, um dos ofícios mais versáteis do mercado, tem 102 títulos de atuação, distribuídos em oito modalidades, segundo o Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia). O Dia do Engenheiro é celebrado nesta terça-feira (11).
De acordo com o Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná), desde 2010, houve aumento de 35% no número de engenheiros em todo o Estado. Em Londrina, a proporção foi praticamente a mesma. Em 2010, os engenheiros somavam 4.883. Neste ano, são 6.774, o que significa um salto de 38%.
"É uma profissão essencial para a vida humana. Desde que o homem se entendeu por homem, sempre exerceu atividades relacionadas à engenharia, seja na construção de cidades, edificações, residências, indústrias e infraestrutura de saneamento, por exemplo", comenta o vice-presidente do Crea-PR e Engenheiro Eletricista, José Fernando Garla.
Para Garla, a abrangência justifica a demanda crescente por profissionais na área. "De forma direta ou indireta, mais de 40% do que se produz no Brasil passa pela mão dos profissionais de Engenharia, Agronomia e Geociências", afirma. Os profissionais podem atuar no ensino, pesquisa e mercado. "Podem trabalhar como profissional liberal, empregado de empresa privada ou estatal e até no Judiciário, por meio de elaboração de perícias. É o verdadeiro resolvedor de problemas", classifica.
As mais cobiçadas
Dentre as oito modalidades, a mais procurada é de Engenharia Civil. No Paraná, 32.734 profissionais estão habilitados no Crea-PR. "O engenheiro civil é peça fundamental no desenvolvimento do nosso país e de qualquer outro. O grande salto da China, por exemplo, se deu com base na Engenharia", aponta Garla.
A vice-campeã é a Agronomia, que aparece com 16.637 registros. "Os engenheiros agrônomos fazem parte de uma mola propulsora da economia que exige conhecimento tecnológico de alta qualidade", argumenta o vice-presidente do Crea-PR. Segundo a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), a agricultura e agronegócio representam 22% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Para o ano que vem, a expectativa é de crescimento de 2% no setor.
Ocupam o terceiro e quarto lugar no ranking as Engenharias Elétrica e Mecânica, respectivamente.
Verticalização de Londrina e procura por Engenharia Civil
A Engenharia Civil é um dos cursos mais procurados na Unifil (Universidade Filadélfia) em Londrina. "Estou há 10 anos na instituição e temos alunos de Londrina, Mato Grosso e interior de São Paulo. A cada ano, recebemos cerca de 150 novos alunos", explica a coordenadora do curso na instituição, Carolina Alves do Nascimento Alvim.
Para Carolina, o interesse se deve à verticalização da cidade, bem como a demanda por profissionais no cenário nacional. "Aqui em Londrina, temos construtoras que necessitam de mão de obra, o que justifica a procura acima da média. No cenário nacional, há grandes demandas por conta de obras de infraestrutura e déficit habitacional", afirma.
O perfil de quem ingressa no curso de Engenharia Civil é de jovens entre 18 e 25 anos, que buscam pela primeira graduação. A motivação é, na maioria das vezes, justificada pela versatilidade da profissão. "O currículo do curso oferece um leque grande de opções e deixa o aluno preparado para o mercado de trabalho".
De acordo com a lei 4.950-A/1966, o salário mínimo nacional para jornada diária de 6 horas de um engenheiro civil é de seis salários mínimos, ou seja, R$ 5.724.