A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (15) mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília e no Rio de Janeiro.
Também foram feitas buscas em endereços de dois ministros: Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do Turismo, e Celso Pansera (PMDB-RJ), de Ciência, Tecnologia e Inovação.
No total, a Polícia Federal cumpre 53 mandados de busca em apreensão no Distrito Federal (9), São Paulo (15), Rio de Janeiro (14), Pará (6), Pernambuco (4), Alagoas (2), Ceará (2) e Rio Grande do Norte (1) como parte da Operação Catilinárias, deflagrada hoje (15) por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. A ação faz parte da Operação Lava Jato.
Além de Cunha, também foram alvo da operação o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), o senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-BA) e o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), em Petrolina (PE).
Também foram alvo de mandados, até o momento, a chefe de gabinete de Cunha, Denise Santos, e o ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fábio Ferreira Cleto, indicado por Cunha para o cargo. Cleto foi exonerado pela presidenta Dilma Rousseff na semana passada.
Outro mandado foi cumprido na sede do PMDB em Alagoas e na casa do primeiro tesoureiro do partido no estado, José Wanderley Neto.
O prefeito de Nova Iguaçu e ex-deputado Nelson Bornier (PMDB), aliado de Cunha, também é alvo da ação.
A Polícia Federal também cumpriu mandados no Ceará e no Rio de Janeiro em endereços relacionados ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Término
As buscas na casa do presidente da Câmara terminaram no fim da manhã, por volta das 11h20. Durante a ação, um chaveiro foi chamado para abrir um cofre. A assessoria de Cunha informou que o deputado está tranquilo, apesar do momento tenso e que ele deverá ir à Câmara após o almoço para participar da reunião de líderes, marcada para as 14h30. Ainda segundo a assessoria, Cunha está reunido, neste momento, com seus advogados.
Governo
Em nota, o governo diz esperar que "todos os fatos investigados na nova fase da Operação Lava Jato envolvendo Ministros de Estado e outras autoridades sejam esclarecidos o mais breve possível, e que a verdade se estabeleça".