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Na ditadura militar

Documentos confiscados do DCE da UEL são entregues ao NDPH

Redação Bonde com Assessoria
23 nov 2018 às 18:12

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- Divulgação
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Foi formalizada na manhã desta sexta-feira (23) a devolução de documentos do Diretório Central dos Estudantes (DCE) confiscados entre os anos de 1975 e 1982 por meio da Assessoria Especial de Segurança e Informação (AESI). Estudantes da UEL e membros do DCE, professores e servidores participaram da cerimônia realizada no Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica (NDPH), do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH).


Correspondências, estatutos, regimentos, relatórios, publicações de jornais, ata de reuniões, entre outros documentos estarão disponíveis para consulta no NDPH, que mantém o fundo documental histórico do DCE desde a década de 1980. Durante esses anos, os materiais ficaram armazenados junto aos arquivos da AESI, atualmente sob responsabilidade do Sistema de Arquivos da UEL (SAUEL). A devolução é fruto do trabalho de investigação da Comissão da Verdade da UEL, implantada em 2014. A transferência foi devidamente aprovada pelo Conselho Técnico do SAUEL.

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Para o presidente da Comissão da Verdade da UEL e professor do Departamento de Psicologia Social e Institucional, Alcides Vergara, esta devolução representa a reparação histórica ao DCE. Ele lembra que muitos estudantes foram vigiados e torturados, e houve demissões e impedimentos de funcionários na Universidade. "Esses documentos são importantes para lembrar que as coisas ruins do passado não devem se repetir", afirmou. A representante da nova gestão do DCE, Cristiana Maia, disse que este é um acerto de contas com o que aconteceu, mas que "a repressão não é coisa do passado, ela só não aparece de forma aguda e escancarada", segundo ela, como no período da ditadura.

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O reitor da UEL, Sérgio Carvalho, defendeu a instituição como espaço que deve ser aberto e de livre acesso à sociedade. "A Universidade é o espaço da busca da verdade. O nosso desafio é rememorar como o DCE e a Universidade estavam vinculados a uma luta maior pela democracia, sendo que buscavam isso também fora do Campus", disse.

A cerimônia contou ainda com participação do historiador e também membro da Comissão, Edson Holtz, do coordenador de colegiado de História, André Lopes Ferreira, da vice-diretora do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH), Ana Heloísa Molina, e do professor do mesmo Departamento, Marco Antônio Soares, da presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, da Secretaria de Cultura de Londrina, Vanda de Moraes, da diretora do SAUEL, Izangela Tonello, da chefe de Divisão de Arquivo Permanente do SAUEL, Cristina Gaspar, e do diretor da Procuradoria Jurídica da UEL (PJU), Miguel Etinger.


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