O delegado da Polícia Federal em Londrina, Sandro Viana, preso na Operação Corrumpere, foi levado até a carceragem da Polícia Federal em Brasília. A operação, realizada no sábado (25) em Londrina, busca desarticular uma organização criminosa composta pelo delegado, pelo proprietário de uma empresa de segurança privada e outros envolvidos. De acordo com a PF, o delegado Sandro Viana foi preso no momento em que dividia propina de R$ 35 mil com um intermediador que o auxiliou a extorquir dinheiro de um empresário.
Cerca de 40 policiais federais cumpriram seis mandados judiciais em Londrina, sendo dois de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. As investigações apontam que o delegado da Polícia Federal solicitou vantagem indevida ao proprietário de uma empresa de segurança privada. Em troca, o policial deixaria de realizar o indiciamento formal do empresário em inquérito policial. O empresário, no entanto, não havia cometido crime. "Por meio do intermediário, eles solicitaram o dinheiro. Neste sábado, ocorreu o pagamento", explicou o delegado Felipe Barros Leal, que é responsável pela operação. O delegado Sandro Viana ficaria com R$ 20 mil e o intermediador com R$ 15 mil, segundo a Polícia Federal.
Os presos responderão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e peculato. O nome da operação é uma referência ao ato de corromper, "que causa a destruição das instituições públicas, maculando a estrutura de um País, causando em última instância prejuízos incalculáveis à nação", segundo informou a PF. A investigação é realizada em Brasília e conta com o apoio de órgãos de inteligência do Paraná.