Uma área de 22,5 mil hectares de Mata Atlântica preservada, com água cristalina brotando de 1.002 nascentes que dão origem ao Rio Paranapanema, um dos mais importantes rios paulistas. Um maciço florestal que abriga a maior quantidade de onças pintadas do Sudeste e as últimas populações de monos-carvoeiros do País. É essa riqueza natural que o governo do Estado de São Paulo quer preservar com a criação do Parque Estadual Nascentes do Paranapanema que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assina na terça-feira na Rio+20 - a conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
A nova unidade vai compor com os parques estaduais Carlos Botelho, Alto Ribeira (Petar) e Intervales, além da Reserva Ecológica do Xituê e de parte da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra do Mar, o futuro Mosaico de Unidades de Conservação do Paranapiacaba, um maciço florestal com mais de 250 mil hectares, o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica protegida do Brasil. A área já foi declarada Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e Sítio do Patrimônio Natural Mundial. A proposta, elaborada pela Fundação Florestal, órgão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente que administra as unidades de conservação, foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).
Também já foi debatida em audiência pública, no dia 17 de maio, com a população de Capão Bonito - toda a área do novo parque está nesse município. O novo parque fica em área de serra e grande parte do seu território está nas zonas de amortecimento dos parques Carlos Botelho e Intervales. São terras devolutas, ou seja, já pertencem ao Estado. Na proposta, a Fundação Florestal invocou a necessidade de proteger as nascentes do Paranapanema, um dos corpos d''água mais importantes do Estado para abastecimento e geração de energia.