Brasil

Comerciante oferecia carro adulterado em site de leilões

09 mai 2012 às 14:58

A Policia Civil de São Paulo prendeu um comerciante cometendo dois crimes em uma mesma venda. Ele anunciava em um site de leilões um veículo por quase um terço do valor de mercado. A oferta era possível devido à condição de NP do carro. Na gíria da malandragem a abreviação significa automóvel não pago, ou seja: o dono deixou de quitar as prestações, mas o interessado em obter a vantagem acabava enganado. O auto oferecido apresentava adulteração no chassis e longe ter apenas dívidas pode ser produto de roubo.

Integrantes da 4ª Patrimônio (Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Condomínios) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) apuravam a denúncia. A equipe identificou e deteve o anunciante e apreendeu o veículo. A ação aconteceu na tarde de ontem (8) na região do Parque São Jorge, Zona Leste. (com informações da Polícia Civil de São Paulo)



O dublê de comerciante e bacharel em Direito, de 32 anos, foi flagrado com o Volkswagen Golf 2.008, que é vendido, em média, por R$ 33 mil. No site o vendedor pedia R$ 13 mil e ainda destacava a situação de NP do veículo. Ele fornecia o telefone de contato aos interessados.


A equipe encontrou anunciante e automóvel no cruzamento das rua Tuiuti com marginal Tiete, local escolhido para fechar o negócio.



Os policiais realizaram a abordagem. O vendedor ficou nervoso ao ver a equipe. Mesmo assim, alegou ser advogado. Mas a farsa não resistiu à vistoria realizada no veículo. Os investigadores constataram que os números de identificação do Golf estavam raspados ou suprimidos.



Ele revelou que é formado em Direito, mas não tem registro na Ordem Brasileira dos Advogados. Ele contou ter recebido o Golf de um conhecido e iria fazer a negociação de venda no local. A história não convence porque o telefone de contato relacionado no site é do próprio comerciante.


O comerciante acabou autuado por receptação, porém, nessa modalidade, ele pode pagar fiança de R$ 1.200. "É uma regra básica: desconfie quando a vantagem é muito grande. Principalmente quando o comprador acha que vai levar vantagem", comentou o delegado Mauro Fachini, titular da 4ª Patrimônio.


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