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Serão vistos a olho nu

Chuvas de meteoro e eclipses lunares: veja o calendário astronômico de 2025

Redação Bonde com Agência Brasil
03 jan 2025 às 15:21

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- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Em 2025, o calendário astronômico está repleto de eventos observáveis no Brasil. Serão chuvas de meteoros, conjunção de astros, superluas e eclipses lunares que poderão ser vistos sem a necessidade de qualquer equipamento.


O Observatório do Valongo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) lançou nesta quinta-feira (3) o Calendário de Efemérides Astronômicas 2025. Além do calendário, a publicação traz mapas celestes, tabela de fases da Lua e seções de apresentação de projetos e pesquisa em astronomia.

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De acordo com o astrônomo que coordenou a equipe do projeto, Daniel Mello, haverá muitos fenômenos interessantes neste ano, que poderão ser vistos a olho nu em todo o país, começando já no dia 15 de janeiro, quando ocorrerá a aproximação da Terra com planeta Marte.

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“Normalmente Marte e Terra estão aí fazendo a sua movimentação em torno do Sol e nem sempre ficam relativamente próximos. Isso ocorre em média a cada dois anos. A Terra se aproxima de Marte e o planeta fica muito mais legal de ser visto no céu, de ser acompanhado, porque fica mais brilhante.”

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Segundo Mello, durante toda a semana entre os dias 12 e 18 de janeiro o Planeta Vermelho estará bastante visível no período da noite, com o ápice no dia 15. “basta a pessoa utilizar cartas celestes, aplicativos de edificação dos planetas, das constelações, para identificar Marte, que estará entre a constelação de Gêmeos e a constelação de Câncer, uma região muito bonita no céu, que será enriquecida com a presença do Planeta Vermelho”, diz.


ECLIPSE LUNAR TOTAL

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Assim como a visualização de Marte mais perto da Terra, o primeiro semestre do ano também reserva vários outros espetáculos de observação visual sem binóculos ou telescópios. Como um eclipse lunar total na madrugada do dia 14 de março e uma conjunção entre Lua, Vênus, Saturno e Mercúrio nas primeiras horas do dia 25 de abril.


De acordo com a astrônoma do Observatório Nacional, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Dra. Josina Nacimento, o eclipse lunar será visível no Brasil, em todas as suas fases: penumbral, parcial, total e depois novamente parcial e penumbral.

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“É muito interessante, porque a Lua vai entrando na sombra da Terra e o aspecto dela vai ficando como se estivesse levando uma mordidinha, até que quando está totalmente na sombra mais escura da Terra, ela fica com um tom avermelhado muito bonito. E às vezes isso acontece quando a lua está nascendo, quando está se pondo, mas desta vez ela vai estar bem visível no céu”, diz.


TRANSMISSÃO

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A astrônoma destaca que quem quiser acompanhar o fenômeno com mais detalhes, haverá observação remota pelo canal do Youtube na instituição. “Nós do Observatório Nacional, pelo projeto Céu em Sua Casa, também vamos transmitir e fazer uma ação nacional de observação da Lua, que será uma coisa muito boa para chamar as pessoas para a astronomia, para olharem para o céu”, diz a gestora.


CONJUNÇÃO DE PLANETAS E CHUVA DE METEOROS

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No segundo semestre, Vênus e Júpiter estarão juntinhos em uma conjunção de planetas, na madrugada do dia 12 de agosto e, entre os dias 13 e 14 de dezembro, haverá chuva de meteoros. Também três superluas deixarão as noites mais brilhantes no início dos meses de outubro, novembro e dezembro.


“De todas essas três, a mais interessante será no dia 5 de novembro, porque nesse momento a lua estará na fase cheia e mais próxima da Terra do que a do normal. No jargão astronômico, a gente chama isso de Lua Cheia do Perigeu porque ela está mais próxima da Terra e significa que a Lua fica levemente mais brilhante e levemente maior do ponto de vista de tamanho angular”, explica Daniel Mello.

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ASTEROIDE


O astrônomo do Observatório do Valongo diz que muitos outros fenômenos ocorrerão este ano de 2025, mas alguns precisarão de equipamentos ainda que simples para poderem ser observados, como é caso da aproximação de um dos maiores asteroides do Sistema Solar. “este asteroide chamado Vesta vai ficar um pouquinho mais próximo da Terra, e quem quiser curtir um fenômeno não tão comum, pode acompanhar a observação desse asteroide no meio de maio, na constelação de Libra”.


A diferença é que para esse tipo de observação é necessário um pouco mais de conhecimento do céu e saber exatamente utilizar um aplicativo de astronomia, explica Mello. “É uma observação um pouco mais para as pessoas que têm mais de experiência e que curtem acompanhar um fenômeno não tão comum”, diz.


DICAS


Os astrônomos dão algumas dicas para quem quer observar os fenômenos no céu e a principal é de procurar céus mais escuros, sem grandes iluminações, como nos centros urbanos. “Quem estiver nas cidades de interior, quem sair das suas grandes cidades para a região rural, para a região serrana, vai poder acompanhar muito mais esses fenômenos e fugir da iluminação das cidades”, ressalta Mello.


A condição climatológica também precisa ser observada destaca Dra. Josina. “Eu recomendo que olhe sempre para o céu, mesmo que não seja uma melhor época do ano. Mas as melhores épocas do ano são aquelas épocas mais secas, ou locais que estão com o clima mais seco. Às vezes você tem uma chuva, a atmosfera fica limpa e logo depois você olha para o céu e ele está muito bonito. Mas há lugares que logo depois vai encobrir novamente. Então é realmente ficar atento”, afirma.


Caso, o clima não favoreça, a astrônoma lembra que, em 2025, as transmissões permitirão que todos acompanhem cada detalhe dos espetáculos astronômicos. “Eu peço que acompanhe as redes sociais do Observatório Nacional, porque nós vamos voltar com o programa Olhando para o Céu. E a gente vai voltar também a fazer, no final de cada mês, o céu do mês seguinte, falando de como é esse céu em todo o Brasil, em toda a sua extensão Norte a Sul, Leste a Oeste”, conclui.


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