O Brasil enfrenta, nos últimos meses, um aumento significativo de casos de febre oropouche, que é transmitida pelo mosquito-pólvora. A doença, com sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya, ainda não tem transmissão local no Paraná. Apesar disso, o estado está em constante alerta.
A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) informou que o Paraná possui 12 casos de moradores que contraíram a doença oropouche em outros estados. Os dados constam no Sinam (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). “Importante ressaltar que não há nenhum caso autóctone da doença no Paraná até o momento”, disse a pasta.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou, nesta segunda (7), que irá priorizar a análise dos pedidos de registro de testes que identifiquem doenças como dengue, chikungunya e oropouche. A medida deve durar até 31 de dezembro deste ano
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A FOLHA conversou com a pesquisadora Cláudia Nunes Duarte dos Santos, chefe do Laboratório de Virologia Molecular da Fiocruz Paraná, que é uma das especialistas que lideram as pesquisas sobre o vírus oropouche no Brasil. Ela esclareceu os principais pontos em relação à doença.
O que é a febre oropouche e quais são suas características?
Essa febre é causada pelo vírus oropouche, que é um arbovírus. O que isso significa? Que é um vírus transmitido por artrópode. Nesse caso do oropouche, é um mosquito que transmite. É uma infecção que causa febre, além de outros sintomas.
Esse é um vírus novo?
Esse vírus foi descrito pela primeira vez no final dos anos 50 e início do 60 e ele sempre circulou em um ambiente mais silvestre, mais restrito à região amazônica. Ele infectava seres humanos, mas de uma forma mais esporádica, com um número menor de pessoas envolvidas. O que aconteceu de um ano e pouco pra cá? Com a destruição da biodiversidade, da floresta, e o aquecimento global, o comportamento do vírus e do mosquito mudou.
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