O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol), Humberto Mileip, afirmou que, depois dos policiais militares, os civis também poderão entrar em greve no Espírito Santo. "Nosso salário é um dos mais baixos do Brasil. Nos últimos anos, não houve recomposição por causa da inflação", justifica.
Uma assembleia da categoria foi marcada para quinta-feira. Acionado, o governo do Espírito Santo afirmou nem ter conhecimento da possibilidade de paralisação anunciada pelo sindicato. Em vídeo, o chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, Guilherme Daré, afirmou que as delegados do Estado dão apoio "incondicional" ao governo e, no momento, a corporação se empenha para apurar as causas dos homicídios e crimes contra o patrimônio. "E não vamos descansar enquanto não descobrirmos os autores desses crimes bárbaros. É o nosso compromisso com a sociedade capixaba."
Em nota, o sindicato dos policiais civis se solidarizou com os militares e alertou filiados a como procederem durante a paralisação do policiamento no Estado. "Diante do justo, legítimo e necessário movimento realizado pelos familiares dos policiais militares do Estado do Espírito Santo, que provocou o aquartelamento, o Sindipol-ES alerta os policiais civis e toda sociedade que a estrutura da segurança pública do Estado está comprometida. Por isso, o Sindicato pede que os policiais civis não arrisquem suas vidas e aceitem desvios de função".
O texto diz ainda que o sindicato "entende que os policiais civis que desempenham suas atribuições de polícia judiciária e nas ruas também dependem dos profissionais da coirmã Policia Militar para realizar um trabalho digno e com segurança para si e para a sociedade. Desta maneira, alertamos para que os policiais civis não coloquem suas vidas em risco". O comunicado termina com a frase "lembrem-se: segurança nunca é demais".