Brasil

Após desabamento, vítima enfrenta dívidas e desemprego

25 mar 2012 às 18:18

Rosângela Touson tinha uma loja de produtos naturais em um dos prédios que desabaram no Rio de Janeiro no início do ano. Hoje, segundo ela, a família está vivendo "da solidariedade dos outros". Parentes têm ajudado a pagar as contas da casa, as escolas das filhas concederam bolsa integral e amigos doaram computadores usados e móveis de escritório.

Remédio para dormir


Vinte e duas pessoas morreram nos desabamentos, cujas causas ainda estão sendo apuradas pela Polícia Civil, Polícia Federal pelo Conselho Regional de Agronomia (Crea-RJ).


Rosângela diz conhecia todas as pessoas que morreram, já que eram clientes da loja. Após o episódio, ela foi diagnosticada com depressão grave pós-traumática. Toma calmantes para reduzir os tremores que sente e remédios para dormir. Quando dorme, sonha.


"Às vezes sonho que tudo caiu e só a loja sobrou. Ou que não caiu nada, e estou trabalhando", conta.

"Também sonho com os dois mendigos que moravam na frente da loja e morreram. Eles moravam ali havia sete anos e eu lidava com eles diariamente. De tarde levava um lanche para eles passarem a noite. O Marcos, um deles, estava sempre sorrindo. Isso me abalou muito. Eles não tiveram chance nenhuma na vida, e a morte foi pior ainda", diz.


Continue lendo