Brasil

Agentes fazem operação para acesso de visitantes ao complexo de Bangu, no Rio

21 jan 2017 às 11:37

Um dia depois de suspenderem uma greve, os agentes penitenciários do Rio de Janeiro resolveram fazer uma operação-padrão para o acesso de visitantes ao Complexo Penitenciário de Gericinó, também conhecido como Complexo de Bangu, na zona oeste da cidade.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio de Janeiro, Gutembergue de Oliveira, a chamada Operação Dentro da Lei está verificando a documentação de cada visitante do complexo desde às 8 horas de hoje.


Normalmente, segundo ele, para agilizar o fluxo de visitantes, a verificação dos documentos é feita por amostragem. No entanto, como eles estão verificando cada visitante, a demora para entrar no complexo está maior. Em um dia normal, cerca de duas mil pessoas visitam presos do complexo de Gericinó, durante o período de quatro horas (das 8h às 12h), o que daria o acesso de 500 pessoas por hora.


No entanto, das 8h às 9h40 de hoje, apenas 100 visitantes conseguiram entrar no complexo. "Para não asfixiar o sistema, o funcionário daqui confere as carteiras por amostragem. Se a gente fizer esse trabalho [de checar cada documento], 70% das pessoas que estão aqui hoje para a visita não entram", disse Oliveira.


Transferência de presos


Além de verificar cada visitante, a Operação Dentro da Lei também restringirá as ações de transferência de presos. Para o transporte de detentos, será respeitada a proporção máxima de presos por inspetor penitenciário. A operação será feita até a manhã de segunda-feira (23).


Os agentes exigem melhores condições de trabalho, pagamento de 13º salário, de horas extras atrasadas e dos prêmios por cumprimento de metas. A greve, iniciada na última terça-feira (17), foi suspensa por determinação judicial.

Os servidores fazem nova assembleia na própria segunda-feira, quando eles também devem entrar com recurso para reverter a decisão que suspende a greve. Na terça-feira (24), os representantes dos agentes têm audiência de conciliação com o governo do estado na Justiça.


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