Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Saiba mais

Bacia do Tibagi sofre com efeitos climáticos, diz pesquisadora da UEL

Pedro Livoratti - Agência UEL
15 mai 2024 às 14:44

Compartilhar notícia

- Roberto Custódio
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Uma pesquisa desenvolvida pela doutoranda do PPGel (Programa de Pós-graduação em Geografia) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) traz fatos novos sobre a adoção de ações sustentáveis para a preservação das águas e da vida do Rio Tibagi, e de toda a bacia hidrográfica, que sofre impactos com a crescente intensidade de fenômenos climáticos. 


Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade

Enquanto o Brasil assiste assustado às consequências das cheias provocadas por chuvas surpreendentes no Rio Grande do Sul, é fundamental, para pesquisadores da área, atentar-se para possíveis efeitos de secas e inundações prolongadas, que podem trazer danos ambientais, sociais e econômicos em todas as regiões brasileiras.

Leia mais:

Imagem de destaque
Dança, música e teatro

Espetáculo 'Arte Total' será promovido nesta sexta em Londrina

Imagem de destaque
G20

Cumprimento entre Lula e Milei viraliza nas redes sociais

Imagem de destaque
Amor ao próximo

Família de Londrina realiza sonho de pioneira em doar casa para a caridade após falecimento

Imagem de destaque
Caravana ECOH

Projeto cultural que promove encontros comunitários chega em Florestópolis nesta quarta


A pesquisa “Eventos Hidroclimáticos e sua Influência na Disponibilidade Hídrica na Bacia do Rio Tibagi” representa a tese de doutorado da engenheira agrônoma e geógrafa Ana Karlla Penna Rocha, orientada pelo professor Maurício dos Santos, dentro da área “Análise Ambiental, Hidrogeografia, Manejo e Gerenciamento de Recursos Hídricos”.

Publicidade


O estudo pretende analisar a intensidade das chuvas, estimar o volume de reservas subterrâneas e, por fim, verificar o efeito das mudanças climáticas e os recursos hídricos da bacia, que enfrenta cotidianamente problemas causados por extremos climáticos, como inundações e secas, em vários pontos.


Segundo Ana Karlla, nesta fase da pesquisa já dá para afirmar que Primeiro de Maio, Assaí e Londrina (municípios compreendidos no Baixo Tibagi) sofrem os efeitos da chamada evapotranspiração (demanda atmosférica por água), o que significa que setores como a agricultura precisarão de suprimento de água de forma crescente, caso contrário, sofrerão com maior rigor os efeitos das secas, com redução no rendimento da atividade agrícola.

Publicidade


O estudo demonstrou ainda que a temperatura aumentou em toda a área da bacia. Entre 1976 e 2021 houve um acréscimo de quase 2,5 ºC, segundo a pesquisadora, com destaque para a região do Baixo Tibagi, no Norte do Paraná.


Imagem
'Boteco da Carol Romanini', em Londrina, une jornalismo e entretenimento em podcast
Com 24 anos de atuação, a jornalista Carol Romanini soma experiências tão ricas como desafiadoras. Suas versões repórter, editora ou apresentadora demonstram seu talento, também carisma e capacidade de se reinventar.


A UEL tem grande tradição em estudos sobre o Tibagi, envolvendo pesquisadores de várias áreas que se dedicam a verificar desde qualidade de água, impactos ambientais, bem como a fauna e flora existente. A importância em pesquisar essa área está relacionada às dimensões espaciais. 

Publicidade


A bacia tem aproximadamente 25 mil km² de área de drenagem e representa cerca de 13% do território do Paraná, onde se desenvolvem atividades como agricultura, pecuária, mineração e aquicultura. A região se localiza na porção Centro-Leste do estado, envolvendo 49 municípios, onde moram 2,1 milhões de habitantes, de acordo com os dados do IBGE (2022).


Confira os principais trechos da entrevista com a pesquisadora Ana Karlla Penna Rocha.

Publicidade


Agência UEL – Nessa fase da pesquisa é possível mensurar quais os impactos ambientais causados por fenômenos climáticos recentes em toda a extensão da bacia do Tibagi?


Ana Karlla – Sim. Há uma maior percepção na ocorrência, frequência e intensidade de eventos extremos, a exemplo de secas, inundações, enxurradas, deslizamentos de terra e ondas de calor. Esses acontecimentos resultam em perdas econômicas, ecológicas e sociais.

Publicidade


Existe alguma área geográfica que merece maior atenção pelos graves prejuízos?

Publicidade


Por meio da pesquisa é possível observar que há uma tendência crescente espaço-temporal da temperatura do ar e evapotranspiração (demanda atmosférica por água) em todos os municípios analisados. As localidades com o maior incremento da evapotranspiração foram Primeiro de Maio, Assaí e Londrina (compreendidas no Baixo Tibagi), o que significa que setores como a agricultura precisarão de suprimento de água de forma crescente, caso contrário, sofrerão com maior rigor os efeitos das secas, como redução no rendimento agrícola. Quanto à temperatura média do ar, de 1976 a 2021 houve um acréscimo de quase 2,5 ºC em toda a bacia, com destaque para os mesmos municípios anteriores.


Sobre a precipitação pluviométrica, o comportamento das chuvas não foi uniforme nas diferentes localidades estudadas. Enquanto alguns municípios (Tibagi e Piraí do Sul) apresentaram tendência no aumento das chuvas de até 6 mm/ano, outros demonstraram redução, como é o caso de Primeiro de Maio, com os mesmos 6 mm/ano. Além disto, foi identificado uma forte correlação positiva entre os índices pluviométricos e ocorrência de eventos extremos, ou seja, quanto maior o volume de chuva, maior o número de pessoas afetadas.


LEIA MAIS NA FOLHA DE LONDRINA.


Imagem
Bacia do Tibagi sofre com efeitos climáticos, aponta pesquisadora da UEL
Pesquisa da UEL analisa impactos climáticos na Bacia do Rio Tibagi, avaliando chuvas, secas e temperatura para preservação hídrica e ambiental.


Imagem
Prefeitura de Londrina não tem data certa para reformar pontes do Igapó
Principal cartão-postal de Londrina, o lago Igapó, na região sul, está com algumas estruturas básicas precárias.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo