“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor”.
A frase de Paulo Freire, patrono da educação brasileira, poderia ser usada para explicar o fenômeno da violência dentro das escolas, que explodiu nas últimas semanas com atentados e mortes em São Paulo (SP) e Blumenau (SC), mas até as palavras de um dos principais nomes da educação mundial parecessem insuficientes para compreender como vítimas da violência social encontram na escola, o ambiente para reprodução de agressões vividas, fora dos muros dos colégios e creches, com atos extremos contra professores e crianças inocentes.
A tentativa de encontrar uma causalidade única para um fenômeno tão impactante é inútil e perigosa. Relacionamentos, conversas com os pais ou as redes sociais, a problemática que envolve a violência inesperada dentro do ambiente escolar, supostamente seguro, é um tema extremamente complexo tanto no campo racional como na área emocional, onde explodem os sentimentos da insegurança de pais e filhos sobre o dia de amanhã.
“Eleger um elemento da realidade como causa seria encobridor a multiplicidade que produz um fenômeno. Essa é uma ideia central para pensarmos nas situações que estão acontecendo. Necessariamente, isso tem relação com muitos elementos da história e do presente”, comentou a psicóloga e professora Carolina Terruggi Martinez, mestre em Psicologia Escolar e Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo).
Martinez avalia que casos de ameaças e ataques nas escolas têm relação com a maneira como lidamos com vários tipos de violência, de maneira precária, inclusive “reforçando e reverberando” os diferentes tipos de agressões, como racismo, LGBTfobia, capacitismo e machismo.
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