O trabalho de mais de uma década dizimado por um inimigo invisível. A agitação das colmeias foi aquietada e a produção natural do mel estancada em três dias.
O silêncio indicava a ausência das abelhas abatidas e a infertilidade das colheitas vindouras.
Enquanto isso, o apicultor Jairo Carneiro Gomes transformava a tragédia em números e calculava o que foi perdido na área de produção em Mauá da Serra, no Norte do Paraná: 8 milhões de abelhas mortas, caixas de colmeia vazias e um prejuízo de mais de R$ 150 mil por colheita.
“Trabalho com abelhas há mais de uma década e tinha colmeias com dez anos, que produziam por causa da manutenção correta que sempre é feita. A vida da abelha é de 60 dias, mas a colmeia pode produzir por muito mais tempo. Agora estamos trabalhando na limpeza e esterilização das caixas para não perder o local das abelhas para as traças e começar tudo de novo”, lamentou.
Além da propriedade em Mauá, Gomes também produz mel e derivados em Marilândia do Sul e Ortigueira e recorda que já viveu o mesmo drama em 2021, quando um número parecido de abelhas foram mortas na mesma região por causa do uso indevido de agrotóxicos.
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