Quem tiver a oportunidade, assita o filme "Nós que aqui estamos, por vós esperamos". Trata de uma volta por todo o contexto em que apresenta e se apresentou o mundo, e nos faz pensar na vagueza das transformações sociais que ocorreram até aqui. Digo vagueza, pois num mundo tão moderno, nos deparamos com situações inusitadas, que ferem a própria evolução humana. Situações em que, na mesma época que o mundo é tão revolucionário, extremamente evoluído, existem famílias que ainda passam fome, que não conhece a internet, ou chuveiro. Pessoas que morrem injustamente, e por isso repito, ou seja, feridas nesta modernidade, em que o intuito é sempre melhorar.
Minhas indagações são: liberdade ou cárcere que vivemos? Somos escravos da moderna e sedutora sociedade evoluída. De um lado temos os prazeres, os fascínios, de tudo mais facilitado, de outro, temos a marginalização, a exclusão, alienação. As competições das instituições e organizações, a exploração de fatos sociais em que a mídia dá um tom sensacionalista, para despertar a piedade ou auto-piedade, ao invés de justiça social, a falta de igualdade entre os cidadãos, a representatividade política que seu papel atualmente não é realmente representar, são exemplos de como a individualidade do ser humano está ferida, visto que aprisionada neste meio.