"É uma doença que pode ser prevenida, pois quase sempre se desenvolve a partir de pólipos, que são lesões benignas que crescem na parede do intestino. Quando o pólipo é retirado evita-se que ele se transforme em câncer", segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVSMS)
Essa semana a cantora Preta Gil, de 48 anos, iniciou seu tratamento contra um adenocarcinoma na porção final do intestino. Ela divulgou semana passada em seu Instagram que descobriu a doença após sentir desconfortos abdominais, que a levou a uma internação de seis dias, onde recebeu o diagnóstico definitivo. Além de Preta Gil a cantora Simony e a apresentadora Ana Maria Braga já foram diagnosticadas e trataram o mesmo tipo de câncer que, se descoberto cedo, possui uma taxa de 90 a 95% de chance de cura.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou 704 mil casos novos de câncer no Brasil até 2025, e as regiões Sul e Sudeste terão cerca de 70% dos casos. Os dados foram divulgados na publicação: Estimativa 2023: Incidência de Câncer no Brasil, em novembro do ano passado. Desse número, 6,5% serão diagnósticos de câncer de intestino. A doença acomete mais pessoas acima de 50 anos ou com histórico de pólipos e câncer de cólon familiar.
Quando é identificado um pólipo no exame de colonoscopia ele já é retirado na hora. Esse é um procedimento relativamente simples, feito sob efeito de sedação.
Fui atrás de saber se há alguma maneira de prevenir a doença, e se existem exames laboratoriais que podem ajudar a descobrir precocemente, o que pode ser determinante para a cura. Basicamente hábitos de vida saudáveis podem ajudar: dieta rica em fibras e vitaminas, não fumar, fazer exercício físico regularmente, sempre estar atento à saúde intestinal. O autoconhecimento ainda é um fator relevante quando falamos de alterações e possíveis aparecimentos de doenças. Esteja atento aos sinais do seu corpo.
O maior problema é que no início esse tipo de câncer não apresenta sintoma aparente. “Por isso recomenda-se exame anual de de sangue oculto nas fezes para pessoas acima de 50 anos", ou antes para pessoas com histórico. "Trata-se de exame laboratorial relativamente simples e que pode ser solicitado pelo médico clínico. Para as pessoas com maior risco pode ser necessária a realização de colonoscopia”, explica a publicação do site no Ministério da Saúde.
O tratamento pode ser feito com cirurgia para a retirada da porção afetada, quando ele está no estágio um. Ou quimioterapia e radioterapia, dependendo de como evoluiu o problema. E o mais importante, se você tiver histórico de pólipos, faça exames pelo menos uma vez por ano.
Fique de olho se houver o aparecimento desses sintomas:
-
Mudanças no hábito intestinal (diarréia ou prisão de ventre);
-
Sangue nas fezes;
-
Vontade frequente de ir ao banheiro, com sensação de evacuação incompleta;
-
Dor ou desconforto abdominal, como gases ou cólicas;
-
Perda de peso sem razão aparente;
-
Cansaço, fraqueza e anemia.
Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVSMS)