A Folha de S. Paulo publicou no último domingo, uma análise da crise de audiência do Fantástico. A Central Globo de Comunicação publicou o seguinte esclarecimento:
"Essa não é a primeira vez nem será a última que o 'Fantástico' enfrenta períodos de concorrência maior e, consequentemente, de audiência menor. Se olharmos as audiências dos últimos anos, veremos que as médias obtidas pelo 'Fantástico' em São Paulo nas últimas semanas não são inéditas (no último domingo, a média em São Paulo foi de 18 contra 16 do segundo lugar; no Rio, foi de 21 contra 14).
Em 2000, em São Paulo, também tivemos uma média de 18 pontos. Momentos difíceis não são novidade na vida do programa. Só como exemplo, Flávio Cavalcanti, em maio de 1978, voltando para a antiga TV Tupi, venceu o 'Fantástico' em seu primeiro domingo e afetou negativamente a média do programa por um bom período.
Para se ter uma ideia, o 'Fantástico' chegou a perder de 18 a 11. E isso na década de 70, que os especialistas dizem ter sido a nossa época de ouro. Em 1991, o 'Fantástico' viu novamente sua média se reduzir graças ao 'Topa Tudo por Dinheiro', do Silvio Santos, que chegou a ganhar três vezes, de cerca de 33 a 28.
Em 2001, o 'Fantástico' perdeu também para 'Casa dos Artistas', um clone do 'BBB'. Em todos esses períodos, o 'Fantástico' soube como enfrentar o desafio e seguir na liderança, apostando sempre na qualidade, com uma receita que dosa entretenimento, comportamento, humor, ciência e grandes reportagens, grandes furos.
É esse compromisso que faz o 'Fantástico' ser visto como relevante pelo público e seguir líder: nele, o público se diverte, se emociona, se informa. A persistência desse compromisso é que faz o 'Fantástico' superar momentos mais difíceis: o público sempre reconhece onde está a qualidade. Tem sido sempre assim.
Ocorre que o 'Fantástico' é líder de uma forma tão convincente que, de tempos em tempos, a coisa acontece assim: passa por algum aperto, a imprensa diz que o fato é inédito, que o programa está ameaçado; aí, nossos talentos vencem os apertos e, com o tempo, a imprensa se esquece deles.
Quando surgem novos apertos, tudo recomeça: a imprensa diz que tudo é inédito, o 'Fantástico' vence os apertos e a coisa é esquecida até o aperto seguinte. O segredo da longevidade do 'Fantástico' é exatamente esta fórmula única, com um cardápio variado, que lança formatos que, mais tarde, são copiados pela concorrência.
É por isso que o 'Fantástico' é líder há 36 anos. E jamais deixamos de ser: neste momento, a média do 'Fantástico' é de 25 pontos, com 43% de participação, na audiência no Ibope PNT [Painel Nacional de Televisão, média nacional] (até 18/10) e 23 pontos, com 38%, em São Paulo (até 25/10)."