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PONTO DE RUPTURA

07 nov 2011 às 13:25

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Artigo publicado no
jornal FOLHA DE LONDRINA, em 07/11/2011, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em
Empregos e Concursos


ABRAHAM SHAPIRO


Olhe para o mundo ao seu redor. O que você vê? Mentiras, drogas, violência,
corrupção, traições de toda ordem. O fato da imoralidade e o rareamento geral da
ética é uma coisa. Mas quando isto ganha a aprovação da sociedade, é outra
completamente diferente. E perigosa.


Reverter tal situação é difícil. Na história da humanidade, cenários similares foram
prenúncios de destruição e desgraças. Algo muito parecido está registrado na Bíblia,
nos dias de Noé.

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Na sociedade de hoje, as empresas e a mídia estão constantemente tentando ganhar
a aceitação do público, seja em termos de moda, música, programas e ferramentas
tecnológicas, ou na proposta de diferentes opções de estilos de vida.

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O que me impressiona é observar como os pais de hoje estão, invariavelmente,
espantados com o nível de permissividade que existe entre seus filhos, nível este muito
próximo ou igual àquele com que os seus pais se espantaram na geração anterior. E,
no entanto, continuam a empurrar os limites sem nenhuma consciência reativa cada
vez para zonas mais movediças. Será que já não fomos longe demais?

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Você pode tomar alguns minutos para notar os comportamentos negativos à sua volta,
incluindo até aqueles aos quais você mesmo se atrai, como: a fofoca no ambiente de
trabalho, um estilo provocante de se vestir, atitudes violentas aprendidas dos filmes de
tevê, a promiscuidade etc. Diante desta constatação, pergunte-se: "Isto me incomoda?
Faz-me sentir mal?"


A coisa mais perigosa que pode passar neste contexto é quando, em algum instante,
nossa desculpa é: "Não há problema, afinal todo mundo faz isso". Este julgamento é o
câncer de nossa era: deixar passar o que é reprovável só porque a sociedade o aceita
ou não o pune. Um exemplo? A maldita política brasileira ao velho e pernicioso "Eu voto
no fulano porque ele rouba, mas faz". Faz o que?

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Eis aí o sinal de que chegamos a um ponto de rompimento – ou destruição.


No entanto, em vez disso, ainda temos tempo de optar por um recomeço, uma
reengenharia – a iniciar em nós próprios.

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É chegada a hora de um grande passo para a independência, a saber, identificar os
itens de nossa "não adaptação", e decidir que agora chega. Já tivemos o bastante. Já
não queremos mais tomar parte nisso.


Se você pensa que não fará diferença alguma, apenas experimente.
______________________

Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua
filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos:
[email protected] ou (43) 8814 1473


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