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MULHERES, NEGÓCIOS E MAIS MULHERES

25 ago 2013 às 13:57



Filha de judeus húngaros, Estée Lauder  começou sua carreira nos negócios vendendo cremes que eram fabricados por seu tio, um químico vienense, em sua própria cozinha. Imitou-o,  passando a preparar seus próprios cosméticos e a vendê-los  em vários salões de beleza de hotéis de luxo de Nova Iorque, sua cidade.

Josephine Esther Mentzer,
cujo segundo nome foi 
Estée Lauder



Em 1944, com 34 anos, ambiciosa e determinada, abre  sua primeira loja. Dois anos depois, funda sua própria empresa Estée Lauder Companies, junto  de seu marido.


Alcançou logo o sucesso introduzindo seus produtos na Saks, a famosa loja de luxo da Fift Avenue.


Sua técnica de comercialização consistia na colocação dos produtos ao alcance da clientela, disponibilizando-os também sob a forma de amostras grátis.  Isto surtia notável impacto de divulgação boca-a-boca, comparável apenas ao fenômeno do "Marketing Viral" – notabilizado somente com o advento da Internet.




Já em 1960 a marca era internacionalmente conhecida.


Estèe Lauder, cujo nome original era Josephine Esther Mentzer, foi eleita "gênio do negócio mais influente do século XX".  


A pergunta que faço frente a este e tantos outros exemplos é: "Será possível que ainda existam empresários que temem tratar de sua sucessão pelo simples fato de pensar que as mulheres da família – esposa, filhas e netas –  não têm competência para assumi-los? E os que vendem suas empresas pela mesma razão?"


Quando mais de 60% de mulheres estudam Direito, Economia e Administração, nas escolas mais renomadas do país, esta linha de pensamento só é comparável a uma carreta carregada,  à velocidade de 140 km por hora, vindo em direção a um Fusca. Nos cursos de Engenharia talvez elas ainda não sejam a maioria, concordo.  Mas logo chegarão lá.


Houve um tempo em que as mulheres eram educadas somente para as artes e a cultura.  Daí Anita Garibaldi, Madame Curie, Olivia Guedes Penteado terem sido destaques inéditos e espantosos em seu tempo.


Mas o mundo mudou.  Vemos viúvas herdeiras à frente de gigantes como a Pepsi Co. e outras multinacionais. O machismo dá lugar imediato e definitivo à competência funcional. Desempenho nada tem em comum com sexo.

Mulheres em todo o mundo dão provas de ser mais competentes que os varões de seus clãs. O que falta, ainda, é que alguns homens aceitem para sempre o que é incontestável talvez desde os tempos da Bíblia!
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473


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