Em Foz do Iguaçu, a mobilização é grande para que o AFA, que é de Umuarama, jogue a Divisão de Acesso por lá e consiga subir para a Primeira Divisão. Assim, no ano que vem, o time incorporaria o nome de Foz do Iguaçu Futebol Clube, o mesmo que foi rebaixado esse ano, e a cidade não ficaria de fora da elite do Estado.
Os empresários que tocam o time precisam honrar os contratos de patrocínio e, para isso, precisam de um time em atividade na cidade. Rebaixado, o Foz Futebol teria que ficar por dez meses sem competições oficiais. Resta saber se a FPF autorizará essa mudança de cidade e, principalmente, a futura mudança de nome, o que nada mais é, do que uma forma de virada de mesa.
O Engenheiro Beltrão ameaça mudar-se para Maringá, em busca de dinheiro e torcida. O Iraty deve se estabelecer em Londrina e com outro nome. O futebol do Paraná está ficando sem identidade. A cada ano os times vão mudando de nome, de cidade de acordo com os interesses econômicos. Regulamentos não são respeitados e o Estatuto do Torcedor é mais usado como papel higiênico do que para os fins a que foi criado.
Isso pode explicar as baixas bilheterias nos jogos pelo Estado. Afinal, quando o torcedor está acostumando-se com um time local, essa equipe decide aventurar-se em outro município, onde recebeu um incentivo maior. É preciso uma mudança nas regras, nas leis, afim de brecar esse festival nômade dos times ou então, não sei onde vamos chegar. Essa falta de identidade contribui e muito também para a pindaíba em que encontram-se os clubes do interior. Afinal, qual empresário vai pôr sua marca num time que não tem um público alvo. Esse ano está aqui, ano que vem ali, no outro acolá.