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Porque odiei Cinquenta tons de Cinza

23 set 2012 às 23:28

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Li o "best-seller" Cinquenta Tons de Cinza há uns meses, pela internet, ainda em inglês, antes de o livro ter sido lançado no Brasil. Resolvi dividir minha opinião depois de ver que uma matéria sobre ele saiu na Época, falando sobre "o grande fenômeno editorial" que ele se tornou e como ele estava sendo bem recebido pelo público. Somente no Brasil já foram mais de 100 mil cópias vendidas, e no mundo todo, mais de 40 milhões! Eu realmente fiquei chocada.


Mais do que fazer uma resenha, vou fazer uma crítica séria. Mas, primeiro quero deixar claro que leio histórias de diversos estilos, principalmente quando vejo que um livro está causando muito "barulho". Poucas vezes o barulho se revela uma boa surpresa, como "A Última Carta de Amor". Na maioria das vezes eles são literaturas da moda, efêmeras, que dificilmente vão conquistar leitores daqui dez ou vinte anos.

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Após ler a história percebi que existe um enorme problema em "Cinquenta tons de cinza", e em toda sua trilogia. Apesar do livro ser considerado literatura adulta, erótica – por ter descrição de cenas de sexo e do conteúdo ser impróprio para menores de idade – ele é totalmente infantilizado, como se fosse escrito para o público adolescente. Isso porque a personagem principal é uma menina de vinte e um anos, com pensamentos e inseguranças de uma adolescente de quinze, atitudes de uma jovem inexperiente, mas o livro é um "romance" que trata de sadomasoquismo! As peças simplesmente não se encaixam.

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Resenha sobre a trilogia "50 Tons de Cinza"

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A Última Carta de Amor - Jojo Moyes ***


Depois de ler o primeiro, e descartar completamente a possibilidade de ler os outros dois, pesquisei sobre a autora e descobri que (agora sim tudo começa a fazer sentido) ela é fã da série Crepúsculo. Ou seja, ela praticamente refez a história de Bella e Edward com muita erotização no meio. Se retirassem as partes proibidas para menores, a história se torna um romance bobo, com uma personagem principal vazia, sem conteúdo e completamente óbvio. Sem querer fazer julgamentos – já fazendo – creio que quem gostou de Cinquenta Tons de Cinza não deve ter amadurecido no gosto literário. É como se o livro fosse da série "Sabrina", com uma história um pouco maior!

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Antes de me baterem, preciso deixar uma coisa clara. Não tenho nada contra livro direcionado ao público adolescente. Até hoje leio alguns, e eles são sim simplificados e possuem histórias superficiais e bonitinhas, nada além do óbvio. Mas quando são livros direcionados para esse público, não vejo inconvenientes. O problema é quando um livro de gosto absolutamente duvidoso é colocado como literatura adulta com o objetivo claro de ser apreciado por jovens – mesmo menores de idade. Com uma leitura tão simples, sem complexidade e superficial, é lógico que adolescentes se interessarão pela história, e o texto não é recomendado para esse público.


Sem mais delongas, a história é absolutamente irritante, assim como os personagens. Não recomendo.

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O livro Fifty Shades of Grey, da autora britânica Erika L. James, conta a história de uma universitária de 21 anos que, ao fazer um favor para sua amiga – de entrevistar um rico empresário para o jornal da escola – acaba se apaixonando perdidamente por um homem cheio de facetas e segredos obscuros. Christian Grey, magnata de apenas 27 anos, também fica fascinado pela jovem. O relacionamento dos dois, porém, nunca poderá ser normal – já que Grey não tem namoradas, somente escravas sexuais. A história se passa em Seattle. Anastasia, apaixonada, mas completamente inexperiente, tem que decidir se vai se entregar ao magnata ou se vai se afastar do mundo obscuro habitado por Grey.


A curiosidade pela prática do sadomasoquismo e pela história de Grey – que demonstra ter sofrido muito no passado – fala mais alto, e Anastasia se envolve em uma história que não sabe se vai ter maturidade para continuar.


A narrativa, como eu já disse, é exaustiva e extremamente lenta. Se você, como eu, tiver o azar de ler essa história, boa sorte! Você vai precisar!

Até o próximo post, pessoal.
Paula Barbosa Ocanha


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