Oficina Londrina

Teste: Fiat Cronos é o que promete (e um pouco mais)

27 mar 2018 às 14:59

O principal lançamento da Fiat neste ano é o sedã derivado do Argo, o Cronos. Competente e bonito, este carro certamente figurará nas listas de mais vendidos em sua categoria. Vamos entender o porquê.


A Fiat definiu bem o seu mercado, o dos sedãs médios, junto com o Chevrolet Cobalt, o Honda City e o novo Volkswagen Virtus. No entanto, a ousadia dos italianos veio na tabela de preços - o Cronos custa de R$ 53 mil a R$ 70 mil. Com isso, a Fiat não só disputa com os concorrentes citados acima, como despera interesse em quem pensa no Prisma, no Voyage, no HB20s e no próprio Grand Siena.


Agora, falando do carro e das impressões ao dirigir: o modelo testado foi o Precision 1.8 AT6. Quando visto de perto, surpreende pela beleza e pelo acabamento. Tudo impecável... As maçanetas cromadas, o friso lateral e as rodas aro 17 trazem um mix de sofisticação e esportividade.


Felipe Rocha dos Reis

O belo console do Cronos.


Internamente, o Cronos é igual ao Argo. Linhas muito atuais e bonitas. O volante tem uma ótima empunhadura e revestimento em couro, muito bem costurado. O console tem uma textura macia aliada a uma faixa central da cor do carro. Até os botões são bonitos... Há paixão no desenho!


Sob o capô, o motor E-Torq 1.8, de 139 cavalos e 19,3 kgfm de torque, equipado com câmbio automático de seis marchas, mostrou-se econômico e forte, mesmo com o ar condicionado ligado. Nos aclives, o sedã não perdia o embalo e, na hora de uma ultrapassagem, mostrava confiança. Pudera, já que é o mesmo motor utilizado na pick-up Toro e no Jeep Renegade, bem mais pesados.


No quesito conforto, quem está na frente está bem servido. Ar condicionado digital com 5 saídas de ar, descanso para o braço e na porta, os apoios são almofadados. O banco é confortável e abraça o motorista nas curvas.


Para quem está atrás, o conforto não é o mesmo. Não é ruim, longe disso, mas não tem o mesmo requinte. Faltou uma saída de ar, como tem no Virtus e tinha no Stilo. O espaço para as pernas é bom, mas os mais altos podem cansar o pescoço, já que o teto vem ficando mais baixo. A porta traseira também tem o acabamento em plástico, o que tira um pouco do conforto para os braços. Estes foram os únicos defeitos que encontrei.


Em relação à conectividade, o Cronos não peca. Há algumas conexões USB, inclusive para quem está no banco de trás; e possibilidade de espelhar o smartphone na tela central. O som original é de muito boa qualidade também.


Felipe Rocha dos Reis

A frente é parecida com a do Argo, não igual.


O painel é sensacional, traz muitas informações, até mais do que o convencional. Na tela central, o que a gente já conhece, consumo médio e instantâneo, hodômetro total e parcial, velocidade média e instantânea. O algo a mais: situação do óleo, situação da água, pressão dos pneus, voltagem e situação da bateria, horímetro do motor... Bastante coisa!


O porta-malas impressiona. Tem um ótimo espaço, que cabe malas grandes mesmo. Se precisar de mais espaço, os bancos se rebatem para carregar coisas ainda maiores.


As versões


Ao todo são cinco opções, sendo duas opções de motor, 1.3 Firefly e 1.8 E-Torq, e três opções de câmbio, manual, automatizado GRS e automático.


Essas versões partem de R$ 53.990 até R$ R$ 69.990, e todas possuem vidros e travas elétricas, direção elétrica progressiva e ar condicionado.


O veredicto


Eu compraria este carro, até nas versões menores. O preço é honesto para o que o carro oferece. Design bacana, motor forte, carro estável, tudo o que um sedã médio precisa para brigar forte na categoria!

Agradecimentos – Fiat Marajó, Kassia Folego e Rogério Antonholi.


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