Quando se trata de lubrificantes, algumas dúvidas são muito comuns. Qual óleo devo usar no meu carro? Quando devo trocar o óleo? A resposta é bem simples: utilizar o óleo recomendado pelo fabricante, na quilometragem indicada, tudo conforme manda o manual do proprietário do veículo.
Isso não significa que a troca deve ser feita na concessionária, nem que o óleo deve ser da marca X ou Y. Os lubrificantes automotivos seguem normas específicas, então, desde que o óleo siga estas normas, a marca é questão de preferência e confiança.
Entendendo as especificações
A sigla SAE (Sociedade Americana dos Engenheiros Automotivos), fala sobre a viscosidade do óleo. É aquele conjunto de números e uma letra, por exemplo, 5W-30 ou 15W-40. O número menor, acompanhado pela letra W indica a viscosidade na temperatura de partida a frio. A letra W vem de Winter, inverno em inglês. O número maior é para as temperaturas mais altas.
A outra sigla, API, vem de American Petroleum Institute. Esta, faz referência ao desempenho do óleo, e são representadas da seguinte forma: API SM, sendo que a letra S representa o tipo de motor (Para motor à diesel a letra é C), e a letra seguinte se refere à tecnologia empregada. Quanto mais avançada a letra no alfabeto, mais recente é a tecnologia deste lubrificante.
Num exemplo de aplicação, um motor desenvolvido para trabalhar com um API SJ, pode receber um óleo SL ou SM, mas nunca um SH ou SG.
E quanto ao tipo de óleo, quais são?
Mineral, semissintético ou sintético. Por que isso é importante? Bem, quando o seu motor foi desenvolvido, os engenheiros pensaram especificamente naquele óleo, com aquelas propriedades, de acordo com as necessidades daquele motor. Utilizar o óleo errado pode diminuir drasticamente a vida útil do motor.
Nas lojas especializadas em lubrificantes costumam ter tabelas com o óleo específico para cada carro.Elas trazem as informações sobre a viscosidade, a tecnologia e até a quantidade e o tempo de troca.
E por falar em tempo de troca, este detalhe é tão importante quanto a própria especificação. Obedecer rigorosamente o tempo de troca garante que todos os aditivos necessários para o bom funcionamento do motor estejam agindo. Os aditivos trazem diversas vantagens, como a proteção à oxidação, a prevenção de acúmulo de borras, aderência aos metais e etc. Utilizar um óleo além de sua capacidade, faz com que o motor trabalhe sem esses aditivos NECESSÁRIOS, para o funcionamento do propulsor. O que também diminuiu a vida útil do motor.
E quanto aos aditivos?
Em condições normais de uso não precisa, mas não faz mal nenhum ao motor. É como se fosse alguém que tem uma boa alimentação e vida saudável ainda tomar um complexo de vitaminas. Em casos extremos de uso do veículo, como em competições ou em caso de altas cargas ou reboque, o uso pode ser interessante.
No dia a dia
Sempre confira o óleo: o nível deve estar entre as duas marcações da vareta.
Sabe quando você vai abastecer e o frentista se oferece para verificar o óleo? Então, quase sempre o óleo vai se mostrar abaixo do nível. Quer dizer que você deve completar ou trocar? NÃO! O lubrificante foi bombeado por todos os dutos do motor e, logo que o carro é desligado, ainda leva um tempo para voltar tudo para o cárter. O correto é esperar uns cinco minutos ou verificar o nível do óleo antes de sair de casa. Este hábito pode ser quinzenal.
Caso seja necessário completar, deve-se usar o mesmo óleo que foi utilizado na troca, de mesma especificação e de preferência, mesma marca. Jamais misture um óleo sintético com um mineral.
Lembre-se, um motor é um conjunto de peças em constante aquecimento e atrito. O óleo é o que faz tudo se movimentar mais fácil, então, cuide bem desse componente!
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