Uma noção ainda muito utilizada na Educação e nas Empresas é que precisamos suprir as deficiências para alcançar uma média aceitável. Assim, costumamos focar nas nossas lacunas e fraquezas e investir energia em desenvolvê-las.
Se um filho vai bem em Português e mal em Matemática, toda a nossa atenção vai no sentido de reforçar e equilibrar onde ele está fraco – chamamos um professor para dar reforço em matemática - e não no que ele é forte ( deixamos o Português para lá, porque aí ele está bem ).
Quando se deveria investir nos seus talentos naturais, em lhe dar recursos para se desenvolvê-los mais e mais, até que eles se transformem em grandes forças de ação ( que eu chamo de Potências Pessoais). O fundamental , portanto, é concentrar no que ele faz de melhor.
O mesmo acontece com as empresas: é necessário abandonar o velho modelo de superar os pontos fracos dos funcionários, apontando os seus erros e esquecendo-se de celebrar os seus acertos.
As empresas investem muito no treinamento de funcionários para que eles supram lacunas, quando se deveria identificar os seus talentos, fortalecê-los e aproveitá-los em funções e atividades onde eles possam exercer as suas verdadeiras forças.
Os funcionários com melhores performances o conseguem porque utilizam os seus talentos naturais. Estudos indicam que os funcionários que tem a oportunidade de focar nas suas forças todo dia são 6 vezes mais engajados nas suas tarefas.
Portanto, o que se deve buscar é colocar "a pessoa certa no lugar certo"
Falo disso nessa entrevista para Fernanda Chariff no programa Ver Mais em 04 / 06 / 2018