Desde a estréia da nova programação na semana passada, a quinta-feira, na minha modesta avaliação, passou a ser o melhor dia da semana da Rede Globo. Logo após a novela das oito, entra no ar a consagradíssima A Grande Família, que há quase dez anos no ar, consegue se renovar a cada temporada e fazer um humor que não faz concessões a preconceitos e clichês típicos de todos os demais programas. É sempre um prazer ver as confusões da família de Lineu.
Pois bem. Com A Vida Alheia, Miguel Falabella mostrou uma faceta mais ácida, corrosiva, sem se render ao deboche e pastiche de outras empreitadas como o Sai de Baixo e Toma Lá, Da Cá. E a série encabeçada por Marilia Pêra e Cláudia Gimenez parece quase uma vingança contra as revistas de celebridades, que estão em ascensão desde o começo desta década. A dúvida que paira no ar é: será a vida real parecida com o que aquela revista fictícia retrata? Os profissionais que nela trabalham são mesmo tão calhordas? A Vida Alheia não promete riso fácil. Mas, como bem cabe a uma comédia de situações, pode até fazer a gente refletir sobre o comportamento atual.
Para encerrar a noite, Globo Mar. O primeiro episódio apresentou o excelente Ernesto Paglia mostrando e vivendo as agruras da pesca do salmão. Como diria o ex-governador Paulo Pimentel: sensacional. É o tipo de programa que eu assisto sempre. Paglia é um dos grandes nomes da reportagem da Globo. Faz textos ótimos, tira boas respostas dos entrevistados, enfim, um homem de televisão completo. É impossível não desgrudar o olho da tela quando ele está no ar.
As novidades não tiveram uma grande resposta de audiência, embora também não tenham decepcionado. Espero, sinceramente, que essa situação se reverta. São as melhores opções de entretenimento na semana, coladinhas em Separação!, sobre a qual eu comento amanhã.