A nova minissérie da Globo começou abalando Bangu. Marcou 24 pontos no primeiro capítulo. É mais que Som & Fúria, com 19, e menos que Maysa, com 30, os dois outros grandes investimentos da emissora este ano.
O que dá para destacar no primeiro episódio foi a agilidade do texto de Aguinaldo Silva e a direção segura de Wolf Maya. O elenco principal está bem afiado e entrosado e as três atrizes mostram sim que estão enxutas para a idade, embora não haja botox e plástica que disfarce as pelancas debaixo do braço, mãos e pescoço. Uma boa lipoaspiração em todas elas faria grande diferença. Discreta, a mais em forma é Ângela Vieira, fazendo o papel de uma lésbica determinada.
O que mais me chamou a atenção foi o tom farsesco de todas as situações. Tudo é exagerado, acima do tom e isso pode ser engraçado. Um tipo de comédia que faz falta, que pode até ter um toque de pastelão. Para esses dias de tanto escândalo, acidentes com filho de figurão, confusão de torcedores e enchentes, é bom se divertir um pouco antes de pegar no sono.
Dizem que as personagens foram inspiradas nas próprias atrizes que as interpretam. Ponto para o autor, que talvez até tenha conseguido ser generoso com Suzana Vieira. Tenho a impressão que ela deve ser bem mais insuportável que a Lara Romero, de Cinquentinha. Embora o horário não seja o mais favorável, a expectativa foi atendida com esta minissérie.