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‘As Cariocas’: parece, mas não é

03 nov 2010 às 21:59

Está tudo ali: a grife Daniel Filho, a excelente produção, um elenco que reúne as mais belas atrizes – talento, necessariamente, fica pra outra oportunidade - a beleza desconcertante do Rio de Janeiro. As Cariocas, que estreou há três semanas, reúne uma bela receita. E se o resultado não é arrebatador, também não pode ser ignorado.


Cada episódio é protagonizado por uma bela atriz, apresentada na abertura apenas pelo primeiro nome, criando uma intimidade que está longe de ser verdadeira. E o texto, baseado na obra de Sérgio Porto, ganhou toques de Nelson Rodrigues, para que nenhuma situação seja aquilo que aparenta.


Assim, tivemos uma dividida Aline Moraes entre três romances, a paranóica Adriana Esteves, que se vê "trocada" pela masturbação do marido, e a desatenta Paola Oliveira, que depois de imaginar que o melhor amigo fosse gay, encontra nos braços dele, um amante insaciável.



Tudo isso regado a piadas de duplo sentido, suposições, malandragem e muitas cenas de sensualidade. A diferença é que, ao contrário da série A vida como ela é, esta sim, baseada na obra do maior dramaturgo brasileiro e também dirigida por Daniel Filho, a tragédia exagerada dá lugar a um bom humor, a uma maneira leve de ver e mostrar as situações.


Um jeito bem carioca de apresentar a vida dessas mulheres tão interessantes quanto belas.


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