Estou com sérios problemas. Sempre fui um adolescente normal, namorei, noivei e hoje sou casado. Amo minha mulher, mas não consigo mais transar com ela. Só consigo me excitar com pornografia. Assisto umas duas ou três vezes por dia e me masturbo. Com tudo isso não tenho mais pique para fazer nada com ela. Quero fazer na real, mas tem um bloqueio que me impede e me faz ficar só na pornografia. Ouvi dizer que existe vício por pornografia e queria saber se é o meu caso e o que tenho que fazer a respeito. Ah, tenho 34 anos e não tenho problema de saúde algum. Há amigos meus que também veem pornografia, mas conseguem se relacionar com suas esposas normalmente.
Há amigos que veem pornografia, mas seguem normalmente com a vida e não ficam dependentes dos vídeos para se excitar. Porém, você percebe que não é assim para você e se dá conta que está perdendo algo importante com sua esposa. Em outras palavras, você tem consciência que algo não vai como você gostaria e parece que vem causando certo grau de sofrimento.
A questão é menos a pornografia em si e mais o que você vem fazendo com ela. Que uso será que você vem dando para o ato de assistir pornografia? Nem sempre foi assim, mas por alguma razão hoje este ato se transformou em algo repetitivo e aprisionador. Tanto que você se sente preso e dependente, como se não pudesse existir vida fora desses estímulos. Hoje você se repete, ou seja, sofre uma compulsão.
Uma compulsão não nasce à toa, do nada. Ela tem um significado, só que este não é manifesto, precisa ser investigado. Essa investigação é sobre si próprio, sobre o que se passa na sua mente e que sentidos você está dando para os objetos da sua vida. A sexualidade, que é geradora de vida e prazer, virou para você promotora de sofrimento. O que será, que sem você saber, transformou algo bom em algo tão empobrecido?
O saber que você necessita pode ser desenvolvido se você se colocar em análise. Quando aprender a se ouvir poderá compreender o que você está de fato repetindo e mudar isso. Quem não sabe de si próprio está fadado a se repetir no sofrimento. Apenas quando deixamos de ser ignorantes de nós mesmos é que podemos trilhar outros caminhos que nos permitam viver de maneira mais favorável e proveitosa. Não perca tempo e procure se ajudar.