Foto: Pixabay
Quando pensamos em luxo logo imaginamos mansões, carros potentes, viagens de primeira classe, acúmulos de objetos caros e muitas outras exclusividades. Evidentemente certas regalias são ótimas e facilitam nossas vidas. Outras regalias, entretanto, servem apenas para alimentar nossa vaidade e nos dar a falsa ideia de que não somos seres humanos como qualquer outro, mas como se fôssemos especiais.
Por mais que alguém viva rodeado de luxos este alguém ainda assim será um humano. E como tal terá que lidar com frustrações, dores e inúmeros outros conflitos que a vida sempre fornece a qualquer um. Nenhum objeto externo, por mais luxuoso que seja, tem o poder de mudar a natureza humana e os problemas dela. No entanto, o maior luxo que existe, e o qual todos devemos almejar, é viver bem. Nada é mais luxuoso e valioso do que saber viver bem.
Por viver bem me refiro a lidar com a vida de maneira eficiente, sem tantos pesos e sofrimentos desnecessários. Várias pessoas pagam um preço alto demais por determinados luxos que, no fim, não trazem satisfação verdadeira e se esquecem de dar valor às coisas simples da vida, que são as que mais importam.
Muitos relacionamentos entre cônjuges, pais e filhos, amigos, ficam pobres debaixo de tantos luxos ou de tanta insistência por luxos. O mais vital - a presença franca e o ombro solidário - ficam de lado, deixando todos infelizes. As pessoas ainda não compreenderam o que é riqueza de fato e trocam valores internos por objetos comprados no mercado.
Já aquele que se permite valorizar o que realmente importa e se desapegar dos objetos externos vistos como boias salvadoras pode abrir espaço para experiências de vida que enriquecem e desenvolvem o que há de melhor dentro de si. Até porque luxo de verdade não está na dimensão do ter, mas na dimensão do ser. O mundo seria bem diferente se procurássemos este tipo de vida luxuosa.