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A relação entre os jovens e o álcool

31 mar 2019 às 18:49

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A dependência do álcool é algo que vem crescendo de forma alarmante e se tornando um grave problema de saúde pública. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) o álcool é consumido no mundo inteiro e cada vez mais por pessoas jovens, por volta de seus 15 anos, levando a inúmeros problemas como aumento da violência, desenvolvimento de doenças e prejuízos na produtividade do trabalho. Mas afinal por que o uso do álcool está sério assim a ponto de constituir um problema tão nocivo?

Álcool é droga, como muitas outras, tais como heroína, cocaína, etc. Porém, na maior parte dos países é uma droga legalizada, portanto permitida, e até mesmo incentivada. Num grupo de jovens, por exemplo, é normal o uso cada vez maior do álcool como um rito de passagem e de pertencimento. Aquele que não bebe está fora do grupo. É na juventude que o álcool entra na vida das pessoas, às vezes para dela jamais sair. O jovem está mais vulnerável ao uso abusivo do álcool.

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Tornar-se adulto não é tarefa fácil. Demanda muita elaboração interna, aceitação de perdas e tomadas de responsabilidade. Fora isso o jovem está no melhor momento físico de sua vida e se acredita "eterno" e "invencível". Obviamente por isso não é capaz de pensar nas consequências de seus atos. Beber se torna obrigatório para participar da vida em grupo com outros jovens e ganha também o sentido de diversão máxima. Inicialmente prazeroso e recreativo o uso do álcool pode descambar para abuso e daí virar um problema.

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Quando o álcool passa a ser a condição para se viver e estabelecer relações com o outro torna-se destrutivo. Quem passa a necessitar do álcool para encontrar respostas, alívio e como facilitador da vida torna-se dependente. O jovem, por poucas experiências e por não saber como se preservar, passa a ser candidato à dependência. Faltam-lhes alternativas saudáveis para encontrar caminhos diferentes e mais construtivos. Por isso vemos tantos jovens que afirmam com todas as letras que bebem mesmo até cair e acham isso "maneiro".


O jovem está em processo de desenvolvimento, sem muitos recursos internos e o álcool aparenta ser uma saída mágica para a angústia do crescimento. Como conversamos com os jovens sobre isso nas escolas ou em casa? Será que abrimos espaço para dialogar verdadeiramente ou apenas julgamos e condenamos sem nem oferecer a eles uma possibilidade de pensar sobre o que fazem consigo? Não basta apenas condenar e dizer que faz mal, mas oferecer de fato uma outra via para que esses jovens possam se construir e desenvolver.

É um trabalho que leva tempo e requer paciência, mas que no final vale. Os problemas sociais que vivenciamos só podem ser resolvidos se pensarmos. De nada adianta apenas reclamar.


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