O mundo chegará a sete bilhões de pessoas ainda este ano. Nossa espécie já
ocupa tanto espaço, com plantações, cidades, estradas, poluição e lixo que, para
os cientistas, entramos em um novo período geológico, o Antropoceno. Agora as
atividades humanas são a força mais relevante para moldar a face da terra.
Alimentar, vestir e dar conforto a toda essa gente pode exaurir os recursos
naturais. Um dos principais desafios é produzir uma nova revolução agrícola, que
atenda não só as necessidades básicas, mas também ao paladar mais exigente
da população emergente.
Gerar energia para produzir bens e serviços sem emitir gases poluentes que
agravam as mudanças climáticas exigirá decisões difíceis, em alguns casos
impopulares. Mas uma população maior também significa mais cérebros criativos
no mundo, capazes de nutrir uma revolução tecnológica verde. Essas pessoas
viverão em megalópoles, onde se multiplicarão os problemas atuais de trânsito,
lixo e falta de espaço.
Esses centros urbanos também são um terreno fértil para uma nova classe de
pessoas, mais conectadas e dinâmicas – e talvez mais inteligentes. Segundo
alguns pesquisadores, à medida que a população cresce, também aumenta a
velocidade de nossa evolução. E, de certa forma, da própria evolução do planeta.