Meio ambiente em dia

Nossa eólica é a mais barata do mundo

23 dez 2011 às 10:19

Uma notícia muito boa para o Meio Ambiente foi publicada recentemente na
mídia nacional. Se os entusiastas da energia eólica tivessem que escolher um
ano, seria 2011. Nos últimos 36 meses, a renovável tem aumentado sua
competitividade no Brasil, graças ao crescimento da produtividade e diminuição
dos custos de geração.

Mas foi neste ano que a fonte de energia limpa se consagrou no país, ao ser
considerada, no último leilão de energia elétrica promovido pelo governo federal,
a segunda fonte de energia mais barata, perdendo apenas para a hídrica. Com
capacidade para produzir o triplo de toda a energia que consumimos hoje, o
custo da produção ainda pode ser barateado no próximo mês.


Quem contou, em tom de comemoração, foi Elbia Melo, diretora-presidente
executiva da ABEEOLICA - Associação Brasileira de Energia Eólica, durante o
EXAME Fórum Energia, que aconteceu no dia 21/11, em São Paulo e debateu,
entre outro temas, o crescimento das energias renováveis no Brasil. De acordo
com a especialista, atualmente o preço da produção de energia eólica no país é
de R$ 99,64 por kWh - valor 66% inferior ao de sete ano atrás -, dando ao Brasil
o título de nação que produz a energia eólica mais barata do mundo, segundo
dados do MME - Ministério de Minas e Energia.


"Todo esse crescimento do setor não aconteceu por mágica. O Brasil investiu
muito em aprendizado tecnológico desde 2004 com o Proinfa - Programa
Nacional de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica e, como
consequência, conseguiu progredir do ponto de vista técnico e aumentar sua
capacidade de geração de energia eólica", disse Melo, que citou, como exemplo
do avanço brasileiro no setor, o incremento do tamanho das torres de captação
de vento, que, em seis anos, passaram de 52 para 100 metros.

A especialista ainda atribui o atual preço baixo na produção de energia eólica no
Brasil a outros dois fatores:
- o modelo de leilão de energia elétrica promovido pelo governo, que estimula a
competição entre as empresas do setor ao colocá-las frente a frente para expor
seus custos de produção e, portanto, incentiva o barateamento do processo e
- a crise econômica, que inibiu os investimentos de diversos países em energia
eólica, dando ao Brasil o título de 3ª nação que mais produz eletricidade por
meio dos ventos, atrás, apenas, da China e da Índia.


Continue lendo